sábado, 31 de agosto de 2013

MAIOR PROTESTO DA HISTÓRIA DO BRASIL - 7 DE SETEMBRO DE 2013

Maior Protesto da História do Brasil - Mais de 140 cidades confirmadas #OperacaoSeteDeSetembro




Saudações mundo! No dia 7 de Setembro milhares de pessoas vão as ruas protestar, marcaremos história  numa manifestação que terá repercussão mundial! Este protesto está tendo apoio e divulgação de diversas páginas no Facebook que resolveram se unir por mudanças de uma forma geral! Convidamos todos que moram no país e fora dele para se organizarem e protestarem mostrando a força que temos em exigir nossos direitos e colocarmos nossas vontades de uma maneira nunca vista antes! Serão diferentes sugestões de reivindicações como alvos do protesto! Divulguem a #OperaçãoSeteDeSetembro nas diferentes Redes Sociais! Divulguem o maior protesto da história do Brasil!



São mais de 300 mil pessoas confirmadas no evento e 4 milhões e 600 mil convidados! Realmente vai ser histórico!

Assista ao vídeo #OperacaoSeteDeSetembro


 

Confira a lista de Estados e Cidades já confirmados AQUI.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CONHEÇA O MÉDICO QUE LIDEROU OS XINGAMENTOS CONTRA CUBANOS EM FORTALEZA

Postado em: 29 ago 2013 às 12:20

Conheça José Maria Pontes, o médico que comanda o sindicato que envergonhou o Brasil ao incitar agressões contra médicos cubanos. Munido de um arsenal de pérolas e jargões, ele se complicou ainda mais ao tentar justificar os atos

Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, entrevistou o cearense José Maria Pontes, que comanda o sindicato que envergonhou o Brasil ao incitar agressões contra médicos cubanos, segundo ele, a intenção era apenas alertar os estrangeiros sobre o trabalho escravo que exerceriam no Brasil; “foi para defender as condições de trabalho deles”, disse ele.
Eduardo Guimarães, blog cidadania
josé maria pontes médicos cubanos
José Maria Pontes, à esquerda, de jaleco branco. Confira abaixo a entrevista do homem que liderou as xingamentos contra médicos cubanos.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (SimeC) é o médico e ex-vereador José Maria Pontes. Ele liderou o protesto contra médicos cubanos ocorrido na terça-feira (27) em Fortaleza. Cobrado pela violência do ato, vem dizendo que “Ninguém vaiou médico cubano, mas quem estava com eles”.
O sindicalista ainda garantiu à imprensa que “A vaia, na verdade, foi para aquelas pessoas que tiveram a ideia absurda de trazer esses médicos para cá, inclusive com trabalho escravo sem nenhum compromisso a não ser com o compromisso ideológico do Partido dos Trabalhadores”.
A declaração de Pontes se deu no âmbito de críticas aos médicos, militantes políticos e sindicalistas cearenses que vaiaram os médicos cubanos, críticas que foram feitas por entidades médicas e sindicais do próprio Ceará, pela imprensa e pelas redes sociais.
Diante de fato como esse, o Blog decidiu entrevistar o presidente do SimeC. Este blogueiro encontrou Pontes em seu celular, em Brasília, preparando-se para voltar ao Ceará. Confira, abaixo, a conversa (gravada) com a pessoa que liderou a manifestação que xingou médicos cubanos negros de “escravos” e “incompetentes”.
***
Blog da Cidadania – Senhor José Maria Pontes, o senhor é presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, certo?
José Maria Pontes – É.
Blog da Cidadania – Sr. José Maria Pontes, sobre esse caso do ato do seu sindicato contra os médicos cubanos, o senhor deu uma declaração de que as vaias e tudo mais que foi feito ali não teria sido contra eles.
José Maria Pontes – Não, na realidade, pra que as pessoas entendam, nunca ninguém teve intenção de atingir os médicos, porque naquela manifestação os médicos cubanos que chegaram ao Ceará foram recepcionados pelo Ministério da Saúde. O Odorico, que é representante do Ministério, é cearense.
O ato foi feito contra essa postura [do Ministério da Saúde] de trazer os médicos cubanos sem o Revalida. A nossa manifestação tinha uns 70, 80 médicos. Inclusive barraram a nossa entrada na Escola de Saúde Pública e nós ficamos do lado de fora com carro de som, fazendo manifestação e quando eles [os médicos cubanos] saíram, realmente levaram uma bruta vaia.
Quer dizer, não os médicos, né… Foi direcionado ao Odorico, porque ele saiu cercado por médicos [cubanos], como se estivesse protegido. E tudo foi direcionado a ele. Inclusive, né, a…
Blog da Cidadania – Quando fala em Odorico, o senhor se refere a quem?
José Maria Pontes – Odorico Monteiro é o representante do Ministério da Saúde. É cearense e é uma das pessoas responsáveis por essa situação…
Blog da Cidadania – Senhor José, desculpe-me por interrompê-lo, mas há uma foto que circulou muito na internet e na imprensa em que um desses médicos cubanos está sendo vaiado por jovens médicas do seu sindicato. Elas estão gritando com as mãos na boca perto do rosto dele.
Havia, também, gritos de que os médicos seriam escravos. Foram ouvidos reiteradamente durante o protesto. Inclusive…
José Maria Pontes – Vamos, vamos, vamos…
Blog da Cidadania – Um minutinho, senhor José, deixe-me só terminar essa pergunta, porque as pessoas estão querendo entender o que de fato aconteceu.
Então veja, os manifestantes gritaram que os médicos cubanos seriam “escravos”. As vaias foram gravadas em vídeo e o que se vê nesse vídeo é que foram dirigidas diretamente aos médicos.
O que o senhor pode me dizer sobre essa contradição? O senhor afirma que as vaias não foram dirigidas aos médicos cubanos, mas o vídeo mostra outra coisa.
E ainda há um outro componente um pouco doloroso nisso tudo, senhor José Maria, porque havia muitos médicos cubanos negros, ali, e chamá-los de “escravos” é uma associação que muitas pessoas viram como racismo…
José Maria Pontes – Então deixa eu contar.
Blog da Cidadania – Pode falar, por favor.
José Maria Pontes – Quando nós estivemos lá, fazendo manifestação, eles [os médicos cubanos e o representante do Ministério da Saúde] fecharam a porta e foram fazer a manifestação deles lá dentro…
Blog da Cidadania – Perdão, mas não estavam fazendo “manifestação lá dentro”, estavam recebendo treinamento…
José Maria Pontes – Nós ficamos lá fora fazendo manifestação contra eles. Uma das coisas que foi mais debatida, lá, foi a história do trabalho escravo, né, no sentido de eles não terem direito a férias, 13º salário, a hora-extra e não ter direito a casar nem a namorar no Brasil
Blog da Cidadania – Epa! Proibição de se relacionar com brasileiros?
José Maria Pontes – É, porque…
Blog da Cidadania – Perdão de novo: de onde o senhor tirou essa informação?
José Maria Pontes – Essa informação todo mundo sabe, circula, porque é o seguinte, só pra você entender: se o médico tiver um filho com brasileiro ele adquire, naturalmente, a nacionalidade [brasileira] e o que se comenta – que parece que é verdade – é que eles querem que os cubanos voltem pra lá, porque se eles [os cubanos] pedirem asilo político no Brasil eles [o governo] não vão dar…
Blog da Cidadania – Ok, senhor José Maria, mas espere aí: como é que se vai impedir alguém de ter relacionamentos amorosos, por aqui? Suponhamos que um médico vê uma brasileira bonita na rua, começa a namorá-la, ela engravida… Enfim, como é que o governo brasileiro ou o cubano vão impedir que isso aconteça?
José Maria Pontes – Pois é, é isso que estou falando…
  • Blog da Cidadania – Então não pode existir essa proibição…

José Maria Pontes – Eles não querem que o médico cubano tenha filho com a mulher brasileira porque aí adquire nacionalidade e os médicos vão acabar ficando aqui…
Blog da Cidadania – Mas, repito, de onde o senhor obteve essa informação, senhor José Maria?
José Maria Pontes – Ah, essa informação circula há muito tempo, né…
Blog da Cidadania – Mas, aí, não significa que seja verdadeira…
José Maria Pontes – Eeehh… Inclusive na Venezuela, tá! Isso aí [a suposição] aconteceu [sic] porque os médicos venezuelanos, com essa história de não poder sair a partir das 18 horas – e se tiver que sair tem que prestar contas pra uma pessoa de Cuba –, faz a gente pensar assim…
Mas eu vou lhe responder a outra pergunta, né. O médico, o que ficou colocado foi essa questão do trabalho escravo. Até, ontem, a Fenam [Federação Nacional dos Médicos] entrou com uma representação, né, no Ministério Público do Trabalho sobre a questão trabalhista.
Eles [os médicos cubanos] vão ser utilizados para trabalho escravo. E o que aconteceu, então, não foi no sentido pejorativo, de chamá-los de negros. O que ficou colocado é que a gente estava dizendo para eles que eles iam exercer trabalho escravo…
Blog da Cidadania – Mas senhor José Maria… Primeiro que chamá-los de negros, tudo bem. Afinal, eles são negros mesmo e ser negro não é “pejorativo”.
José Maria Pontes – O que foi chamado [sic] é que eles querem associar a um sentido pejorativo, mas foi no sentido de ter o trabalho dele não do jeito que vem, porque do jeito que eles estão postulando… Porque, veja bem, os médicos que vêm da Argentina vão receber, diretamente, dez mil reais, que não é salário, é bolsa. Então eles [os médicos cubanos] não têm nenhum direito trabalhista.
Blog da Cidadania – Desculpe interrompê-lo, mas eu não consigo entender. Se eu chamo alguém de escravo, estou xingando. Porque se chamassem o Odorico [representante do MS] de feitor de escravos, até se poderia entender que o insulto foi para ele, mas quando chamam os médicos cubanos de escravos, isso é um insulto. Além disso, o escravo não tem culpa de ser escravo. Não pode ser vaiado por sua escravidão…
José Maria Pontes – Não, não, não foi nesse sentido. Foi no sentido de chamar a atenção…
Blog da Cidadania – Deles?!
José Maria Pontes – Não, não foi nesse sentido…
Blog da Cidadania – Vou reformular a pergunta: o senhor não se ofenderia se chegasse em um determinado local e uma pequena multidão o chamasse de escravo?
José Maria Pontes – Eu quero te garantir que o que foi colocado foi não aceitar que essas pessoas sejam usadas em trabalho escravo.
A nossa orientação, do sindicato, foi nesse sentido, que os manifestantes chamassem a atenção para a questão do trabalho escravo.
Foi, então, uma palavra de ordem, não no sentido pejorativo. Foi pra chamar a atenção deles de que iam exercer o trabalho escravo.
Blog da Cidadania – Isso o senhor já me explicou. Mas fico com uma dúvida quando o senhor fala em trabalho escravo. Pelo seguinte: o acordo feito entre o governo brasileiro e o governo cubano é semelhante aos acordos que a Organização Pan-americana de Saúde – a entidade de saúde mais antiga do mundo – fez com 58 países.
Não fica uma coisa meio estranha que 58 nações e mais o governo brasileiro estejam promovendo o trabalho escravo? Além do que, trabalho escravo, pelo que se entende, depende de condições degradantes de alojamento, alimentação, pagamento e, até agora, não existe nenhuma evidência de que isso esteja acontecendo.
Minha questão, portanto, é: 58 nações, mais o governo da República Federativa do Brasil, mais a organização de saúde internacional mais antiga do mundo (fundada em 1902) iriam promover o trabalho escravo no Brasil e no mundo, senhor José Maria?
José Maria Pontes – Estranho, né? Mas é verdade.
Blog da Cidadania – Estranho, não: fantástico.
José Maria Pontes – Quando você diz que a pessoa vai trabalhar, ela tem direito a salário. Eles [os médicos cubanos] vão receber uma bolsa. Não vão ter 13º salário, não vão ter direito trabalhista nenhum, porque é bolsa, né…
Quando você limita para que ele [o médico cubano] não possa sair de determinada área… Foi assim que aconteceu com os médicos cubanos na Bolívia e na Venezuela. Há depoimentos. E eles também não podem trazer a família deles.
Eu vi a entrevista de uma médica da Espanha, ela pode trazer a família dela. Eles [os médicos cubanos] não podem.
Quer dizer, quem está dando as ordens não é o governo brasileiro, é o governo cubano.
E essa coisa da OPAS foi só uma coisa… Uma bijuteria, foi só pra enfeitar, para dizer que foi uma coisa oficial, tal…
Blog da Cidadania – Ora, mas não é “para dizer que foi uma coisa oficial”. O acordo foi feito entre o governo brasileiro, o cubano e a OPAS. Não é uma “bijuteria”, é um acordo formal. Inclusive, o portal UOL publicou esse acordo, um tipo de acordo que é feito com a entidade por dezenas e dezenas de nações do mundo inteiro e o regime legal pelo qual esses médicos trabalharão no Brasil, até o momento, recebeu todo o aval da Justiça.
Então eu lhe pergunto: se a Justiça e o Ministério Público não encontrarem qualquer irregularidade nesse acordo, como é que fica uma manifestação e um discurso que GARANTEM a todos que está sendo implantando o trabalho escravo na medicina brasileira?
Ficaríamos assim: o governo brasileiro, a Justiça brasileira, o Ministério Público brasileiro, a OPAS e mais 58 nações estariam envolvidos com exploração de trabalho escravo, senhor José Maria? Isso não lhe parece uma sandice?
José Maria Pontes – É porque, até agora, ninguém teve acesso ao acordo do Brasil com a OPAS e o governo cubano. E estamos pedindo ao Ministério Público do Trabalho para que analise esse contrato, né, para ver se não existe trabalho escravo…
Blog da Cidadania – Sim, mas querer saber…
José Maria Pontes – Deixa eu falar, senão você fala, fala e não vai entender…
Blog da Cidadania – Ok, senhor José Maria. Pode falar, então.
José Maria Pontes – O que estou querendo dizer é que nós não temos nada contra os médicos. Foi uma manifestação contrária ao representante do ministério da Saúde. Eles [o governo Dilma] utilizou aquilo ali politicamente, para tirar proveito porque eles são poderosos, eles têm dinheiro, eles têm o poder da máquina estatal, mas não somos contra a vinda de médicos cubanos.
Não saiu em imprensa nenhuma, mas nós colocamos, várias vezes, que os médicos cubanos são bem vindos ao Brasil, mas queremos que eles tenham todas os direitos trabalhistas e tenham liberdade de ir vir. Mas ao governo não interessa, né, divulgar essas coisas.
Blog da Cidadania – Ok, senhor José Maria, mas a forma dessa manifestação não me parece correta. Eu lhe pergunto uma coisa: se o senhor fosse um daqueles estrangeiros e, chegando ao Brasil, encontrasse uma turba gritando, chamando-o de escravo, o senhor se sentiria bem vindo?
José Maria Pontes – Veja bem, quando se colocou essa questão não foi com a conotação que querem dar. Dissemos escravos foi no sentido inclusive de defender os interesses deles…
Blog da Cidadania – Espere aí: então a manifestação que foi feita com vaias e chamando-os de escravos foi para defendê-los?! De quem, deles mesmos? Porque, até onde se sabe, eles estão de acordo com tudo.
José Maria Pontes – Não, não foi a questão de defendê-los, foi para defender as condições de trabalho deles…
Blog da Cidadania – Mas o senhor não acha que a opinião deles também conta? Essas pessoas estão fora do país delas e, se estivessem sendo submetidas a trabalho escravo, poderiam muito bem, estando em território estrangeiro, denunciar e pedir asilo político dizendo ao governo brasileiro “Olha, estou sendo escravizado, me dê asilo”…
Eu digo isso, senhor José Maria, porque nunca vi um escravo que gostasse de ser escravo.
Aliás, muito pelo contrário, os médicos cubanos têm dado declarações no sentido de que estão muito satisfeitos por estarem aqui, de que não visam somente dinheiro porque o Estado cubano lhes deu a formação que têm, deu assistência médica, educação, moradia, alimentação a eles e às suas famílias. Então, trata-se de uma realidade diferente da nossa.
A questão que surge, portanto, é sobre como pode o sindicato do senhor querer defender os médicos contra a própria vontade deles.
José Maria Pontes – É, mas, veja bem, não é defender os médicos, é a questão do trabalho escravo independentemente da vontade de quem está sendo submetido a trabalho escravo.
Cuba é um país extremamente pobre. Ora, pra você formar um médico é difícil e Cuba exporta milhares de médicos para Venezuela, para a Bolívia… No Brasil, no segundo país que mais forma médicos, você não tem condição de formar tantos médicos para exportar.
Blog da Cidadania – Mas acontece, senhor José Maria, que, em Cuba, o ensino é gratuito. É difícil formar médicos no Brasil porque as faculdades privadas custam uma fortuna e para entrar nas públicas tem que estudar em escolas caras, cursinhos caros e poucos têm condições.
José Maria Pontes – É que precisa uma escola equipada, com bons profissionais…
Blog da Cidadania – E o senhor acha que não tem isso em Cuba? Porque seus indicadores de saúde são muito superiores aos nossos. Expectativa de vida, mortalidade infantil… Aliás, a mortalidade infantil em Cuba é menor do que a dos Estados Unidos.
José Maria Pontes – Veja bem, eeehh… Em Cuba você não tem a violência que tem no Brasil e o trabalho que eles fazem, que todo mundo comenta, é que esses profissionais não são médicos, eles são formados num nível intermediário para trabalhar no interior…
Blog da Cidadania – Ah, o senhor me desculpe, mas os currículos desses médicos foi divulgado. A maioria é versada em mais de uma especialidade. Todos têm mais de uma década de experiência na profissão. Como não são médicos?
José Maria Pontes – Não, não, eles não são médicos de verdade, eles são formados em atenção básica…
Blog da Cidadania – Qual é a fonte da sua informação, porque diverge do que vem divulgando o Ministério da Saúde.
José Maria Pontes – Não, não, eles são só médicos de atenção básica…
Blog da Cidadania – Então agora são médicos? E apesar de seus currículos dizerem que não são formados só em atenção básica… Até porque, mesmo o maior especialista de Cuba é formado, também, em atenção básica, ou em saúde da família. É a lei de lá.
José Maria Pontes – Olha, eu vou ter que viajar. Meu avião está saindo.
Blog da Cidadania – Ok, senhor José Maria Pontes.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

E POR FALAR EM ESCRAVIDÃO MÉDICA...

Pedro Silveira Carneiro: E por falar em escravidão médica…

publicado em 29 de agosto de 2013 às 19:41

Médico cubano vaiado por brasileiros ao desembarcar em Fortaleza
Escravidão médica, exploração, e servidão: uma experiência no movimento de médicos residentes
agosto 29, 2013
Por Pedro Silveira Carneiro, médico sanitarista e diretor do Cebes, sugerido pelo Samuel Oliveira no Facebook
Não estou falando do Mais Médicos. Trago essa reflexão pois a acusação de “escravidão” me parece bem estranha a partir do lugar onde ela é feita. Lembro sempre que se fala de exploração do médico, da questão das condições de trabalho, etc. da minha experiência na Associação dos Médicos Residentes de São Paulo, da qual fiz parte logo antes dos movimentos de greve de 2010, quando já estávamos nos articulando para a defesa do reajuste.
Recebíamos cotidianamente denuncias bizarras. Sabíamos da realidade cotidiana do médico residente, claro, já que éramos, nós mesmos, residentes. Sabíamos que era comum que diversos residentes trabalhassem mais que as 60 (uma das poucas legislações não recepcionadas pela constituição: prevê-se legalmente mais que o máximo constitucional) horas semanais previstas por lei. Sabíamos que eram comuns plantões acima de 24 horas, principalmente nas áreas cirúrgicas. Sabíamos da cultura perversa de hierarquia, onde o R2 (residente do segundo ano de residência) já aprendia a cagar na cabeça do R1.
No entanto, recebíamos denuncias muito mais absurdas. Práticas como o “plantão punição”, onde residentes eram punidos com plantões adicionais após cometerem erros (por exemplo, por estarem muito cansados e esquecerem de agendar um exame para um paciente). Dificuldades de garantir direitos básicos, como a licença maternidade (extremamente comum os serviços e preceptores médicos tentarem negar esse direito!). Assédio moral e abusos de autoridade, como o preceptor ordenar ao residente que troque o pneu de seu carro, ou busque sua mulher no aeroporto.
Levávamos esses casos para a Comissão Estadual de Residência Médica, e encontrávamos ouvidos pouco receptivos. Vejam bem, a comissão é composta, basicamente, por preceptores médicos de programas de residência! Então, como a lógica é de que uma mão lava a outra nas fiscalizações entre os programas, e os preceptores se revezavam fisiologicamente na comissão, ninguém queria mexer muito com ninguém.
Nos piores casos, havia algumas tentativas de mediação, uma ou outra fiscalização, um ofício para afirmar que um direito é realmente um direito (no exemplo da licença maternidade). Mas aquilo que era comum, o assédio, o abuso de horas, plantões, etc. ninguém mexia com ninguém. E ninguém mexia também, é claro, com a prática de levar residentes para serviços particulares como “parte” da residência. Sem ganhar, claro! A remuneração vai para o preceptor.
Isso para não falar da modalidade mais bacana de hiperexploração do jovem médico, que é o estágio. Com a competição crescente para buscar vagas de residência e se especializar, os que ficam de fora muitas vezes se sujeitam a trabalhar de graça (e às vezes até pagar para trabalhar!) para no fim receber um título de especialista pela sociedade de especialidade “equivalente” ao de residência. Esse então, não tinha direito nenhum.
O assédio é maior, e não precisa ter medo de fiscalização, pois não há. Esses aí, comumente eram levados a trabalhar inclusive nos consultórios particulares dos figurões que os aceitavam. Pois, é obvio, quem consegue estagiários são os figurões das sociedades de especialidades. Que conseguiriam para os “aprendizes” os títulos dessa sociedade.
Os mesmo figurões que vão processar o governo por trabalho escravo dos médicos cubanos. Ficamos combinados então que trabalhar de graça para receber um título é “aprendizado”. Cubanos no Brasil, é escravidão.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CASO EDUARDO MOLINA XDIPLOMATA EDUARDO SABOIA



27/08/2013
 às 17:15 \ Política & Cia

CASO ROGER MOLINA: Diplomata Eduardo Saboia teve coragem e agiu certo, diz ex-chanceler Celso Lafer
Celso Lafer: para o ex-chanceler, a atitude do diplomata Eduardo Saboia tem "sentido moral" -- e ele lembra que até Pinochet concedeu salvo-condutos
Celso Lafer: para o ex-chanceler, a atitude do diplomata Eduardo Saboia tem "sentido moral" -- e ele lembra que até Pinochet concedeu salvo-conduto

Por Roberto Simon, do jornal O Estado de S.Paulo
A Constituição do Brasil dá razão ao encarregado de negócios [do Brasil] na Bolívia, Eduardo Saboia, que mostrou “coragem” ao decidir, sozinho, retirar o senador Roger Pinto Molina da embaixada.
A opinião é do professor de Direito Celso Lafer, que foi chanceler do presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Cabe agora ao governo brasileiro reconfirmar o asilo político (ao senador) e compreender o sentido moral da posição do ministro Saboia”, defende Lafer.
“Nessas horas, a pessoa precisa parar para pensar e avaliar as dimensões morais de sua decisão – e foi essa a atitude do diplomata. (Saboia) avaliou e agiu dentro daquilo que caracteriza um homem
Segundo a interpretação do ex-chanceler, o encarregado de negócios não entrou em conflito com a posição oficial do governo brasileiro, pois o asilo ao senador boliviano já havia sido concedido.
Saboia “apenas operacionalizou” a decisão, argumenta Lafer. O principal alvo das críticas, continua, deve ser o governo Evo Morales, que, ao se recusar a conceder o salvo-conduto [para Molina deixar o país], violou uma das principais tradições do direito interamericano. “É bom lembrar que até o general Augusto Pinochet deu salvo-condutos.”
Lafer afirma ainda que a atitude de Saboia traz à memória o embaixador brasileiro Luís Martins de Souza Dantas, representante do governo Getúlio Vargas em Paris durante a II Guerra Mundial.
Contra as restrições impostas pelo Estado Novo à concessão de vistos, Souza Dantas conseguiu que centenas de pessoas consideradas “indesejáveis” – judeus, comunistas, homossexuais e outros – deixassem o terror nazista e encontrassem abrigo no Brasil.
28/08/2013
 às 20:20 \ Política & Cia


CASO ROGER PINTO MOLINA: Um dos piores momentos da diplomacia brasileira




Roger Pinto Molina, ex-senador boliviano, refugiado no Brasil, terá o mesmo tratamento que Battisti? (Foto: Reprodução / Facebook)
Roger Pinto Molina, ex-senador boliviano, asilado no Brasil: terá eleo mesmo tratamento que o terrorista Battisti? (Foto: Reprodução / Facebook

Editorial publicado no jornal O Globo, publicado em sua seção “Opinião”
UM DOS PIORES MOMENTOS DA DIPLOMACIA BRASILEIRA
Embora haja ainda muito a esclarecer sobre a história da retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina do confinamento de 455 dias na embaixada em La Paz, pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia, o caso parece ser mais uma demonstração de como o profissionalismo outrora reconhecido do Itamaraty foi corroído por interesses partidários e simpatias lulopetistas pelo nacional-populismo bolivariano-chavista hegemômico na Bolívia.
A defenestração do chanceler Antonio Patriota é apenas parte do enredo.
Dizendo-se surpreendido pelo desfecho da operação executada pelo encarregado de negócios da embaixada, Eduardo Saboia — filho do embaixador aposentado Gilberto Vergne Saboia, conhecido pela atuação na defesa dos direitos humanos —, não havia mesmo como o chanceler continuar no cargo.
Sem ter conseguido se impor minimamente no ministério de Dilma, Patriota já não contava com a simpatia da centralizadora presidente, segundo se dizia há tempos.
Nas entrevistas seguras que concedeu depois de cruzar a fronteira em veículos diplomáticos, sob a segurança de fuzileiros navais brasileiros, o diplomata foi claro: já comunicara ao ministério que poderia tomar uma decisão de emergência por razões humanitárias, devido ao estado de saúde de Molina, obrigado a ficar num cubículo, com pouco contato com o mundo exterior.
Situação diferente de Julian Assange (Wikileaks), também forçado de forma abusiva pelo governo inglês a acampar na embaixada equatoriana em Londres, mas onde concede entrevistas e recebe visitas.
A atual política externa brasileira assumiu o papel indecoroso de carcereiro
Até que desmentidos comprovados convençam do contrário, o governo Dilma, com o Itamaraty de agente, aceitou passivamente que o governo boliviano de Evo Morales não concedesse o salvo-conduto ao senador de oposição, para vencê-lo por fadiga psicológica.
A atual política externa brasileira assumiu o papel indecoroso de carcereiro, contra os princípios da diplomacia do velho Itamaraty. Foi traída uma política de Estado de sempre colocar o Brasil ao lado de boas causas do ponto de vista ético.
Mas a flexibilidade da espinha dorsal desta política externa de ocasião não parece ter limites.
A Bolívia já expropriou refinaria da Petrobras sem um resmungo de Brasília, que também aceitou fazer parte de uma operação sibilina com a Argentina e Uruguai para trocar o velho aliado Paraguai pela Venezuela chavista no Mercosul.
O novo ministro, Luiz Alberto Figueiredo Machado, logo será testado, diante do provável pedido de extradição que a Bolívia encaminhará.
O senador é acusado na Justiça de corrupção, mas a independência do Judiciário boliviano tem o valor de uma folha de coca ao sopé dos Andes.
Valerá para Pinto Molina o que valeu para o esquerdista italiano Cesare Battisti, condenado na Itália por homicídio, mas acolhido pelo PT, ou não?

CENTRO DE DIFUSÃO DO COMUNISMO, FINANCIADO COM VERBA PÚBLICA










Reportagem publicada no site www.em.com.br
JUIZ SUSPENDE CENTRO DE DIFUSÃO DE IDEOLOGIA EM OURO PRETO
O juiz da 5ª Vara da Justiça Federal do Maranhão, José Carlos do Vale Madeira, suspendeu ontem, liminarmente, o funcionamento do Centro de Difusão do Comunismo (CDC), da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), até o julgamento final de ação popular apresentada pelo advogado Pedro Leonel Pinto de Carvalho em agosto.

De acordo com o juiz, a administração “não pode disponibilizar bens públicos para a difusão de doutrinas político-partidárias por mais relevantes que sejam historicamente”.
Com a concessão da tutela antecipada, a Ufop fica impedida de dar prosseguimento “à execução de toda e qualquer decisão ou ato administrativo tendente a dar seguimento às atividades do Centro de Difusão do Comunismo, como, e não exclusivamente, a contratação de professores, a concessão do bolsas de estudos, disponibilização de dependências, compra de material e insumos e divulgação institucional de objetivos e atividades do programa”.
E não fica só nisso.
A universidade está proibida ainda de fazer qualquer pagamento em relação à atividade, como funcionários e professores, e terá que dar publicidade à decisão judicial.
O juiz: programa prioriza uma ideologia e ofende o pluralismo político previsto na Constituição
Na ação popular, o advogado Pinto de Carvalho alega que o programa, sob o pretexto da autonomia universitária, fere os princípios da moralidade e da legalidade da administração pública, prevista na Constituição, ao usar recursos públicos para divulgar ideologia político-partidária.
Mesmo depois de ouvir a universidade, o juiz acatou a alegação do advogado, ao admitir que o programa prioriza uma ideologia, que ofende o pluralismo político, previsto constitucionalmente.
“Não bastasse a justificativa e os fundamentos do Centro de Difusão do Comunismo, o símbolo usado pela Universidade Federal de Outro Preto para divulgá-lo é precisamente aquele, universalmente, associados aos partidos comunistas, ou seja, uma foice e um martelo; este símbolo, com pequenas variações, usados pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Comunista Brasileiro (PCB)”, disse Vale Madeira.
Universidade afirma que quer “lutar por uma sociedade além do capital”
Nas informações, requisitadas pela Justiça, a Ufop disse que seu programa é ligado à Pro-Reitoria de Extensão e tem como objetivo “lutar por uma sociedade além do capital”.
Na decisão, o juiz Vale Madeira poupou a Ufop apenas do pagamento de multa, em caso de descumprimento da determinação. Ele afirmou que isso se deve à ausência de antecedente de não atendimento à ordem judicial.
A Ufop reagiu ao tomar conhecimento da decisão . Por meio de nota, esclareceu que o Centro de Difusão do Comunismo não é “um programa acadêmico com objetivos político-partidários, e sim, trata-se de extensão, vinculado ao Curso de Serviço Social, para organizar e articular quatro ações de extensão (dois cursos e dois projetos) e oferecê-las de forma gratuita a toda a comunidade, que se insere no programa por livre escolha”.

Uma das fotos expostas no Centro de Difusão do Comunismo da Universidade Federal de Ouro Preto (Foto: CDC / Unifop)

“Autonomia universitária foi ferida de morte”
Para a Ufop, a autonomia universitária “foi ferida de morte” com a decisão judicial, além do que, as instâncias que aprovaram e acompanharam o programa, criado em 2012, foram “completamente ignoradas e achincalhadas”.
A nota acrescenta que “o pluralismo de idéias próprio a uma instituição federal de ensino público foi jogado no lixo e, pasmem, utilizado contra o programa, acusado de cercear o debate”. A instituição lembrou ainda que “inúmeros alunos bolsistas envolvidos no programa com ações de ensino, pesquisa e extensão ficarão sem receber suas bolsas, o que compromete a sua permanência na universidade”.
A Ufop aguarda notificação da Justiça para deicidir se recorrerá da decisão.
AGORA, MEUS COMENTÁRIOS
Não faço mais do que repisar resumidamente os comentários de quando revelei, pelo blog, a existência dessa aberração — um centro não de ESTUDOS do comunismo, mas de DIVULGAÇÃO!!! De PROSELITISMO!!!
Lembrei que o comunismo, como projeto de uma “nova sociedade” e de um “novo homem”, foi, provavelmente, o maior fracasso da história da Humanidade.
Durante décadas, oprimiu dezenas de países e centenas de milhões de pessoas, suprimiu-lhes a liberdade, condenou-as ao atraso, à carência, à escuridão.
PIOR: provocou milhões de mortes, prisões iníquas, violações sem conta dos direitos humanos.
Desabou estrepitosamente a partir da queda do Muro de Berlim, em 1989, e morreu de vez, como projeto global, em 1991, com o fim inglório da União Soviética, que já vinha caindo aos pedaços há vários anos.
Como relíquias de uma época da qual as pessoas querem distância, persistem regimes comunistas em países miseráveis e famélicos como a Coreia do Norte, ou próximos dessa situação, como Cuba. E formalmente comunistas, a China e o Vietnã enveredaram por um feroz capitalismo de Estado e, da ideologia de Marx aplicada à realidade, só restou a ditadura de partido único.
Nada disso fez mudar uma importante universidade federal “deztepaiz” — a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
Com o suado dinheiro do contribuinte brasileiro, a Ufop vinha mantendo (e talvez continue, dependendo de como continuar esse processo judicial), sob as asas de sua Pró-Reitoria de Extensão (Proex), nada menos do que um inacreditável Centro de Difusão do Comunismo (CDC-Ufop).
Não se trata de um centro de ESTUDOS do comunismo, o que, naturalmente, se justificaria. Da mesma forma como se estudam dinossauros ou as pirâmides do Egito, o comunismo poderia, perfeitamente, ser objeto de estudos.
REPITO, porque vários mentecaptos e vários mal-intencionados me acusaram de querer cercear a liberdade dentro de uma Universidade, o que não é o caso: sou a FAVOR de que se ESTUDE o comunismo, em quantas universidades sejam. Da mesma forma como se estudam milhares de temas de ciências exatas, de história, de filosofia.
NÃO TENHO NADA CONTRA, e nem poderia, o ESTUDO, a ANÁLISE, o DEBATE de quaisquer doutrinas filosóficas ou de quaisquer correntes de pensamento.
Estou falando DE OUTRA COISA.
No caso da Ufop, não se trata de estudos ou debates, vocês leram bem: uma Universidade federal abriga um centro de DIFUSÃO do comunismo.
De DI-FU-SÃO! Repetindo: DI-FU-SÃO. DIFUSÃO, PROSELITISMO, PREGAÇÃO.
Quem tiver dúvidas do que significa a palavra pode e deve consultar um dicionário.
Havia (e provavelmente continuará a haver) na Ufop, sem disfarce de espécie alguma, até um Grupo de Debate e Militância Anticapitalista.
Sim, vocês leram corretamente: a universidade propõe e ensina MILITÂNCIA.
Não sei da existência de um suposto “centro de estudos” que proponha aos alunos militância política! Excetuados países como Cuba, Coreia do Norte e outros poucos.
É o fim do mundo!
A coisa é tão espantosa, tão absurdamente distante do propósito de qualquer universidade pública, tão escandalosamente propagandística de uma ideologia totalitária, que, mais do que continuar a descrever do que se trata, que, em meu comentário anterior, me limitei a reproduzir o que dizia o próprio site do tal “Centro”.
Os leitores interessados nessa espantosa aberração que, agora, esbarrou finalmente na Justiça, podem consultar esse amontoado de baboseiras no post que mencionei, clicando neste link.

AGRESSIIVIDADE, XENOFOBIA, PRECONCEITO E RACISMO CONTRA MÉDICOS CUBANOS

Mudei minha opinião a respeito dos médicos cubanos, mas não mudei minha opinião a respeito do conchavo entre govêrno brasileiro e govêrno cubano e não acho justo que seus salários sejam reduzidos para R$ 4.000,00 ao invés dos R$ 10.000,00 que receberiam os profissionais brasileiros SE eles tivessem aceito ir trabalhar nos "cafundós de Judas", como vão os médicos cubanos. Também não gosto da falta de educação, da agressividade, da xenofobia, do preconceito e do racismo contra os profissionais médicos cubanos, proferidos pelos nossos honrados médicos brasileiros.

Maristela Farias

SEJAM BEM VINDOS!















10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE CUBANOS


1) Sim, eles falam outra língua, mas é parecida com a nossa. Não há dificuldade na comunicação.


2) Eles são como nós, resultado de bela mestiçagem. São taínos, ciboneys, europeus ibéricos, africanos e tudo isso junto.


3) O modelo de educação socialista praticamente aboliu o racismo naquele país. É uma cultura humana de respeito à diversidade.


4) Os cubanos sorriem bastante, gostam de humor e de uma boa prosa.


5) Como médicos, são bons psicólogos. Conversam bastante, são meticulosos e raramente diagnosticam uma simples virose.


6) Os cubanos fizeram o único país das Américas onde não há mais crianças desnutridas.


7) Sim, eles são ótimos para lidar com problemas básicos de saúde, mas também são bambas em biotecnologia. Nos últimos anos, registraram 600 patentes de remédios, vacinas, softwares e equipamentos de diagnóstico. Foi lá que se desenvolveu, por exemplo, a vacina contra o câncer de pulmão.


 Nos últimos anos, Cuba se viu livre da difteria, do sarampo, da coqueluche, da poliomielite e da febre amarela, entre outras doenças.


9) O país com o maior número proporcional de centenários (pessoas com 100 anos ou mais) é Cuba. Supera de longe o Japão, que fica em segundo lugar.

10) Médicos cubanos recebem forte formação humanista. Sabem que não exercem a profissão como um negócio, mas como uma forma solidária de gerar saúde e bem-estar. Que sejamos conscientes para estabelecer com eles uma sólida relação fraterna. Ganhamos todos.


Postado em: 27 ago 2013 às 9:34

Médicos cubanos que desembarcaram no Brasil para trabalhar em regiões carentes foram recebidos com agressividade e chamados de “escravos” por médicos brasileiros. Assista ao vídeo abaixo

médicos cubanos no Brasil
Médicos cubanos chegam ao Brasil (Divulgação)
Os 96 médicos, sendo 79 cubanos, que desembarcaram no Ceará para fazer o curso de formação de três semanas foram hostilizados e xingados na saída da Escola de Saúde Pública, logo após a solenidade de Acolhimento, na noite desta segunda, 26.
Um grupo de cerca de 50 médicos esperavam os estrangeiros vaiando, gritando e xingando os profissionais de escravos do lado de fora do prédio.
Ao ouvirem os gritos, os médicos cubanos passaram 40 minutos pensando em uma alternativa de sair da Escola Pública sem passar pela barreira de manifestantes, mas não houve outra solução. Cerca de 5 carros da PM estavam ao lado de fora.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes, os manifestantes não são contra a vinda dos médicos, mas contra o fato de esses profissionais não fazerem revalida.
Pelos próximos 21 dias, os estrangeiros profissionais da atenção básica da saúde passarão por uma avaliação. Se considerados aptos, já poderão atender pacientes a partir do dia 16 de setembro.
Vídeo:
Jornal O Povo




Cubano xingado por jovens médicas brasileiras comenta episódio Postado em: 28 ago 2013 às 11:19 Médico cubano vaiado diz não entender hostilidade: “Vamos para onde eles não querem ir. Diziam que somos escravos, que fôssemos embora do Brasil. Não sei por que diziam isso, não vamos tirar seus postos de trabalho. Não somos escravos. Seremos escravos da saúde, dos pacientes doentes, de quem estaremos ao lado todo o tempo necessário”

Um dos médicos cubanos vaiados na noite de anteontem por um grupo de brasileiros em Fortaleza, Juan Delgado, 49, disse que não entende as razões da hostilidade. “Vamos ocupar lugares onde eles não vão”, disse. médico cubano juan delgado Médico cubano Juan Delgado foi hostilizado na última segunda-feira. (Foto: O Povo) Uma foto (ao lado) flagrou o momento em que Delgado era vaiado por duas brasileiras de jaleco branco.

Ele e outros estrangeiros foram cercados em um protesto do Simec (Sindicato dos Médicos do Ceará), ao sair do primeiro dia do curso do programa Mais Médicos. “Me impressionou a manifestação. Diziam que somos escravos, que fôssemos embora do Brasil. Não sei por que diziam isso, não vamos tirar seus postos de trabalho”, afirmou ele. O médico disse que veio ao Brasil por vontade própria e que já trabalhou no Haiti. “Isso não é certo, não somos escravos. Seremos escravos da saúde, dos pacientes doentes, de quem estaremos ao lado todo o tempo necessário”, afirmou. “Os médicos brasileiros deveriam fazer o mesmo que nós: ir aos lugares mais pobres prestar assistência”, completou


Postado em: 27 ago 2013 às 10:23

A foto abaixo diz tudo; um médico cubano, que chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi hostilizado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica: com quem vai aos rincões para salvar vidas ou com uma classe que lhe nega apoio?

médicos cubanos agredidos brasil
Ao contrário de todos os países em que atuam, onde são sempre muito bem-vindos, médicos cubanos são recebidos no Brasil com hostilidade por médicos brasileiros (Foto Jarbas de Oliveira / Folha de S.Paulo)
Em nenhum país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil. Aqui, são chamados de “escravos” por colunistas da imprensa brasileira e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens profissionais brasileiras (veja aqui).
Detalhe: os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem que o “Brasil não vai tolerar a xenofobia”.
Ontem, o governo também publicou um decreto limitando a atuação dos profissionais estrangeiros ao âmbito do programa Mais Médicos – mais um sinal de que nenhum médico brasileiro terá seu emprego “roubado” por cubanos, espanhóis, argentinos ou portugueses. Ainda assim, cabe a pergunta. Com quem fica a população: com o cubano que vai aos rincões salvar vidas ou com os médicas que decidiram vaiá-lo?
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a carteira provisória dos profissionais estrangeiros:
Aline Leal Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo federal publicou ontem (26) decreto determinando que a carteira provisória dos médicos com diploma estrangeiro que atuarão pelo Mais Médicos deverão trazer mensagem expressa quanto à vedação ao exercício da medicina fora das atividades do programa.
Para atuar no Brasil, médicos formados no exterior precisam fazer o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). No entanto, a medida provisória que cria o Mais Médicos prevê que os profissionais que forem trabalhar por meio do programa não precisarão passar pelo procedimento para atuar no local especificado pelo Ministério da Saúde. Se o médico inscrito quiser atuar em outro local, deverá passar pelo Revalida.
O registro provisório do “médico intercambista” deverá ser solicitado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde o médico atuará. Os conselhos regionais disseram que entrariam na Justiça para terem o direito de não registrar os profissionais que não têm o Revalida. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que esta é uma determinação legal, e portanto, deve ser cumprida.
Segundo o decreto presidencial, a declaração de participação do médico intercambista no Mais Médicos, acompanhada dos documentos especificados, é condição necessária e suficiente para a expedição de registro profissional provisório e da carteira profissional.O registro deverá ser expedido pelo CRM no prazo de 15 dias a partir da apresentação do requerimento pela coordenação do programa.
O decreto publicado hoje prevê ainda que o supervisor e o tutor acadêmico, que acompanharão trabalho dos médicos que atuarão pelo programa, poderão ser representados judicial e extrajudicialmente pela Advocacia-Geral da União, entidade que defende a União.
Os tutores são professores indicados pelas universidades federais que aderiram ao programa. Já os supervisores podem ser profissionais de saúde ou docentes das instituições. De acordo com o Ministério da Educação, que determina o processo de supervisão, haverá um tutor para cada dez supervisores, e um supervisor para no máximo dez médicos. Os supervisores deverão fazer visitas periódicas aos médicos, no mínimo uma por mês.
com Brasil 2

Postado em: 28 ago 2013 às 10:32

Cubanos recebem flores e comentam agressões do dia anterior. “Vimos que aquilo foi feito por uma minoria. Hoje foi o dia mais bonito desde que chegamos ao Brasil. O povo brasileiro é irmão e estamos aqui para trabalhar para o povo brasileiro”

Depois do protesto com vaias e xingamentos na abertura do curso (veja aqui), os médicos cubanos que chegaram ao Ceará pelo Mais Médicos receberam flores e aplausos de integrantes de movimentos sociais nesta terça-feira (27) na Escola de Saúde Pública, em Fortaleza. Na saída do primeiro dia de aula do curso preparatório, os estrangeiros deram sorrisos e sinais de positivo para quem os esperava e receberam aplausos e gritos como “Cubano amigo, o povo está contigo”.
médicos cubanos flores ceará
Médicos cubanos xingados de “escravos” e “incompetentes” por médicos cearenses recebem flores (Foto: Diario do Nordeste)
“Estamos seguros. Confiamos no povo brasileiro e temos uma tarefa que vamos cumprir”, afirmou o médico cubano José Armando Molina. Segundo ele, os médicos estrangeiros não ficaram assustados e tristes com o ato hostil que aconteceu na segunda-feira (26), quando foram chamados de “escravos” e “incompetentes”.
“Vimos que aquilo foi feito por uma minoria de pessoas. Hoje foi o dia mais bonito desde que chegamos ao Brasil. Conhecemos que o povo brasileiro é irmão como somos dele. Estamos aqui para trabalhar para o povo brasileiro”, disse.

‘Truculência e xenofobia’

Nesta terça, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que há “truculência” e “xenofobia” na atitude de médicos brasileiros que hostilizaram médicos cubanos em Fortaleza.
O grupo de 96 estrangeiros que está fazendo curso de atenção básica de saúde e português no Ceará foi recebido para a aula inaugural do treinamento, na segunda, por cerca de 50 profissionais brasileiros que gritavam palavras de ordem e reivindicavam pela realização do Revalida, exame de validação do diploma de medicina para curso feito no exterior.
“Em primeiro lugar, tem muita truculência, muita incitação ao preconceito, e à xenofobia. [...] Lamento veementemente a postura de alguns profissionais – porque eu acho que é um grupo isolado – de ter atitudes truculentas, [que] incitam o preconceito, a xenofobia. Participaram de um verdadeiro ‘corredor polonês’ da xenofobia, atacando médicos que vieram de outros países para atender a nossa população”, declarou o ministro.

Hostilidade

O protesto desta segunda-feira foi organizado pelo Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec). Na saída, houve bate-boca e tumulto e os estrangeiros foram xingados de “escravos” e “incompetentes” e foram alvos de gritos como “voltem para a senzala”.
O secretário de Gestão Estratégica do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, disse ter sido atingido com um ovo e agredido fisicamente e não descartou registrar um boletim de ocorrência contra o Simec. ”Foi um ato de agressividade, xenofobia, preconceito e racismo. Nós entendemos que o preconceito e racismo de alguns é porque ainda eles sentem saudades da Casa Grande e Senzala” , desabafou.
Monteiro reclamou da atitude dos médicos. “Foi o meu primeiro ovo. E o primeiro a gente nunca esquece. Temos que repudiar atos do tipo e propagar e defender uma cultura de paz. Não houve agressão física em outras pessoas, mas em mim, sim, como empurrões e tapas. Houve agressão verbal. Estou analisando isso. Inclusive, fiquei sabendo que alguns representantes sociais vão entrar com queixa alegando xenofobia e racismo contra o Sindicado dos Médicos”, disse.
O secretário disse que espera uma retratação do Sindicato dos Médicos do Ceará o quanto antes. “Nós entendemos que o Simec teria que se retratar. O que ocorreu nesta segunda-feira aqui é lamentável. É preciso uma retratação. Jovens médicos praticaram atos de violência.”
com Diário do Nordeste e G1 Ceará47