quinta-feira, 8 de maio de 2014

POR QUE É TÃO DIFÍCIL ENCONTRAR AS CRIANÇAS SEQUESTRADAS NA NIGÉRIA?






















O grupo rebelde nigeriano Boko Haram sequestrou mais de 200 jovens de uma escola internato no vilarejo nortista de Chibok em 14 de abril. Cerca de 200 homens armados chegaram ao local à noite em 20 veículos para roubar mantimentos e levar as estudantes.
O caso gerou duras críticas ao governo, que teria mostrado pouco empenho em resgatar as jovens.











Michelle Obama, Malala e outras personalidades participam de campanha pelo resgate de nigerianas

Para eles, as fotos divulgadas em redes sociais ajudam a conscientizar as pessoas
AnteriorPessoas do mundo todo estão unidas por protestos contra o sequestro de 276 adolescentes na Nigéria no dia 14 de abril. As meninas foram raptadas da escola onde estudavam pelo grupo fundamentalista Boko Haram, que é contra a educação ocidental. Em vídeo, eles reivindicaram o ato e prometeram vender todas elas. Algumas já foram vendidas por cerca de R$ 30 (US$ 12). As campanhas 'Bring Back Our Girls' (Traga de volta nossas garotas, em tradução) e 'Real Men Don't Buy Girl' (Homens de verdade não compram meninas, em tradução) buscam conscientizar o mundo sobre a situação no país. Veja alguns famosos que já aderiram a campanha   Próxima
Pessoas do mundo todo estão unidas por protestos contra o sequestro de 276 adolescentes na Nigéria no dia 14 de abril. As meninas foram raptadas da escola onde estudavam pelo grupo fundamentalista Boko Haram, que é contra a educação ocidental. Em vídeo, eles reivindicaram o ato e prometeram vender todas elas. Algumas já foram vendidas por cerca de R$ 30 (US$ 12).

As campanhas "Bring Back Our Girls" (Traga de volta nossas garotas, em tradução) e "Real Men Don't Buy Girl" (Homens de verdade não compram meninas, em tradução) buscam conscientizar o mundo sobre a situação no país.

Veja alguns famosos que já aderiram a campanha   
Foto: Montagem R7

EUA enviam militares à Nigéria para resgatar meninas sequestradas
O sequestro também expôs ao mundo a ação, na Nigéria, de um grupo extremista armado que age em nome de uma suposta 'guerra santa' - nesse caso, contra o modelo de educação 'ocidental' seguido no país.
Para ajudar a entender a complexidade do episódio, a BBC preparou algumas respostas a perguntas mais frequentes sobre o caso.
Por que as garotas foram capturadas?
Na língua local hausa, Boko Haram significa 'educação ocidental é proibida'. O grupo promove o conceito de que na visão islâmica o lugar das mulheres é em casa.
Não é a primeira vez que o grupo ataca escolas. A de Chibok era a única ainda em funcionamento na região de Borno e não tinha nenhum recurso de segurança. As estudantes são cristãs e muçulmanas e passavam pelos exames finais do ano.
O Boko Haram já sequestrou meninas antes?
O grupo havia atacada uma outro internato em Yobe no mês de março. Eles mataram 29 homens e pouparam as estudantes — ordenando que elas voltassem para suas casas e se casassem. Alguns analistas dizem que os rebeldes pensaram que suas ordens foram desobedecidas e por isso teriam sequestrado as jovens de Chibok como uma retaliação e para ter certeza de que suas ordens seriam cumpridas.
Em maio de 2013, o grupo também divulgou um vídeo no qual dizia que sequestrara mulheres e crianças - incluindo adolescentes - em resposta às prisões de mulheres e crianças de seus integrantes. Os insurgentes disseram que tratariam suas reféns como escravas (o mesmo foi dito no caso de Chibok).
Algum refém do Boko Haram já foi libertado?
O analista americano Jacob Zenn, que estuda o grupo, diz que em alguns casos reféns foram libertados em acordos de trocas de prisioneiros.
Em fevereiro de 2013, uma família francesa que visitava um parque no país vizinho Camarões, e um padre também francês que estava na Nigéria foram feitos reféns e libertados posteriormente. A agência de notícias Reuters disse ter tido acesso a um documento do governo nigeriano que dizia que ao menos a família refém teria sido libertada após o pagamento de um resgate de US$ 3 milhões. A França nega o pagamento de resgates.
O que tem sido feito para libertar as estudantes?
O governo nigeriano diz estar optando por ações 'discretas' para evitar que as reféns sejam mortas.
A agência de inteligência local diz não ter homens infiltrados entre os extremistas, mas o Boko Haram, por sua vez, teria integrantes disfarçados trabalhando para o governo.
Os Estados Unidos ofereceram negociadores e tropas especiais à Nigéria. A Grã-Bretanha estaria fornecendo 'apoio em planejamento'.
As características do terreno do país estariam dificultando o uso de satélites e reconhecimento aéreo nas buscas pelas reféns.
Onde as garotas poderia estar?
Os sequestradores provavelmente se dividiram em pequenos grupos, cada um levando uma ou duas meninas.
Eles estariam espalhados em uma área de 60 mil km quadrados dentro da floresta Sambisa, a região onde o grupo fica baseado, próximo da fronteira com Camarões.
Zenn afirma que a libertação de todas poderia levar mais de uma década.
Por que é tão difícil saber quantas estudantes estão desaparecidas?
Ao menos 58 meninas escaparam ao pular dos caminhões nos quais eram raptadas. Mas esse número pode ser maior pois acredita-se que algumas famílias não avisaram as autoridades sobre o retorno de suas adolescentes.
Também não é possível ter certeza sobre quantas jovens estavam na escola pois os arquivos da entidade foram queimados durante o ataque.
Além disso, uma fonte ligada ao Boko Haram disse à agência Reuters que duas jovens teriam morrido após serem picadas por cobras e outras 11 estariam doentes.
O governo poderia fazer mais?
O presidente Goodluck Jonathan impôs desde maio de 2013 estado de emergência em três áreas: Borno, Yobe e Adamawa. Mas isso fez o Boko Haram intensificar sua campanha de insurgência.
Ao menos 1,5 mil pessoas morreram só neste ano. O governo diz não ter poder de fogo para neutralizar os rebeldes.
Como o Boko Haram se tornou poderoso?
Atualmente o grupo opera como uma guerrilha, mas já possui características de um exército regular. Centenas de seus combatentes já foram vistos marchando em vilas com picapes armadas com metralhadoras pesadas e até veículos blindados.
Não está claro porém como o Boko Haram obtém armas e financiamento. Além dos sequestros como fonte de recursos, o governo diz suspeitar que os insurgentes recebam dinheiro de políticos e tenham apoio externo de grupos jihadistas, como o al-Shabab da Somália e a Al Qaeda do Maghreb Islâmico.
O Boko Haram tem apoio na Nigéria?
Ele era popular na cidade de Maiduguri, onde surgiu em 2002 como uma seita religiosa. O movimento ganhou força capitalizando o ódio popular contra a corrupção e sua percepção de que o norte do país vinha sendo deixado de lado pelo governo.
Porém, sofreu uma queda de popularidade ao cometer assassinatos contra muçulmanos moderados e atentados a bomba contra igrejas e locais públicos.
Atualmente, a maior parte de seus combatentes vem da etnia Kanuri, o grupo de seu líder Abubakar Shekau — que é atualmente o homem mais procurado da África. Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de US$ 7 milhões por sua captura

POR QUE COMPARAR NEGROS A MACACOS NÃO DEVE SER MOTIVO DE PIADA


Ota Benga, Zoológico do Bronx, Nova York em 1906

A foto acima é do pigmeu Ota Benga que ficou em exibição junto a macacos no Zoológico do Bronx, Nova York, em 1906. Ota foi levado do Congo para Nova York e sua exibição em um zoológico americano serviu como um exemplo do quê os cientistas daquela época proclamaram ser uma raça evolucionária inferior ao ser humano. A história do jovem Ota serviu para inflamar as crenças sobre a supremacia ariana defendida por Adolf Hitler. Sua história é contada no documentário “The Human Zoo” (O Zoológico Humano).

Comparar os negros a macacos não é nada maneiro.

Assim como aquela velha e infeliz “piada” que pergunta, qual a diferença entre uma lata cheia de merda e um negro?, as piadas que comparam negros a macacos são racistas em sua essência; não são inovadoras, originais ou mesmo inteligentes pois humilham, causam constrangimento, tristeza e mal-humor em várias pessoas, pricipalmente aquelas que sabem o real significado de ser não-branco no Brasil. E a causa desse constrangimento tem uma razão histórica, como veremos.

Hoje vemos no Brasil o comportamento racista contra os negros surgindo de forma não camuflada e assim abalando as bem fracas estruturas do mito nacional da democracia racial. E nestes últimos dias o Brasil testemunhou casos onde negros sofreram humilhação pública, ofensas que utilizaram a figura do macaco dentro de um espaço já tradicionalmente reconhecido como popular, racialmente democrático e diverso: a arena de futebol.

O árbitro de futebol Márcio Chagas da Silva foi mais um alvo de racismo no último dia 5, durante a partida entre Esportivo e Veranópolis, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, quando ele, na entrada do jogo, foi chamado pela torcida de “macaco”, “imundo”, e “escória”. E mais tarde o árbitro encontrou seu carro amassado e sujo com bananas, inclusive no cano do escapamento, assim reportado pelo Portal Terra.

Um dia depois mais um caso ocorreu, desta vez em São Paulo, como noticiou o jornal Estado de São Paulo:

“Após ser chamado de ‘macaco’ no Estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim, o volante Arouca repudiou as ofensas racistas que sofreu de torcedores na vitória do Santos por 5 a 2 contra o time da casa. Em nota, o atleta, que fez o terceiro gol da equipe praiana no jogo, classificou como ‘lamentável e inaceitável’ os xingamentos ouvidos na noite da última quinta-feira, em partida válida pelo Campeonato Paulista.”

Esse tipo de ofensa vem ocorrendo em todo o mundo, e aumentou bastante desde que Barak Obama se tornou presidente dos Estados Unidos, tendo ele sido alvo de várias caricaturas humilhantes retratando-o como macaco, e que tiveram o intuito único e absoluto de ofender o primeiro negro a ocupar o cargo de presidente daquele país. Estádios de futebol na Europa também se tornaram palco deste tipo de insulto regularmente.

Entretanto, muita gente não compreende a magnitude e profundidade da utilização da figura do macaco como insulto aos negros, mesmo quando a utilização da figura daquele animal tem como objetivo fazer alguém rir.Já algum tempo atrás, um humorista fez uma piada onde comparou o King Kong a jogadores de futebol. Entidades e grupos afro-brasileiros repudiaram tal piada e através de um twitter o humorista pergunta porque não se pode chamar um negro de macaco.

Esta postagem não é uma tentativa de explicação do porque não se pode chamar um negro de macaco, mas sim uma explicação do porque não se deve fazer esta comparação, e porque e como a mesma fere profundamente algumas pessoas.Bem, tudo tem uma raíz histórica.

James Bradley, professor de História da Medicina/Ciência da Vida da University de Melbourne, na Austrália, em seu texto “The ape insult: a short history of a racist idea” (O Macaco Como Insulto: Uma curta história de uma idéia racista), publicado no site The Conversation: Academic rigour, journalistic flair, detalha o uso ofensivo da comparação de descendentes de africanos com o animal macaco. Ele diz que para se “entender a força e o objetivo do uso do macaco como insulto, a gente precisa de uma dose de história”.

Para isso ele retorna ao século 18, momento no qual as teorias da evolução já estavam sendo propostas, e que as teorias de Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck (1744-1829) o tornaram o ancestral das teorias de Darwin. Bradley diz que para Lamarck a evolução não se deu através da seleção natural no espírito darwiniano, mas sim através de uma força vital que levou organismos a se tornarem mais complexos, funcionando em combinação com a influência do ambiente. Segundo Bradley, “nesta visão, os seres humanos não compartilhariam um ancestral em comum com os macacos”, eles seriam na verdade, “os diretos descendentes dos macacos”, e por consequência, os africanos “se tornaram o elo entre os macacos e os europeus”.

A teoria de Lamarck junto às várias outras teorias similares da época, foram vitais para a elaboração do racismo científico—também conhecido como pseudo-ciência, ou falsa ciência. Bradley novamente nos explica que ao fazer parecer que os “não-europeus seriam mais macacos do quê humanos, essas diferentes teorias foram usadas para justificar a escravidão nas Américas e o colonialismo no resto do mundo”. O autor acredita que todas aquelas diferentes teorias “científicas e religiosas operaram na mesma direção”, ou seja, “reforçar a direito europeu de controlar grande parte do mundo”. E esta foi a maneira que os europeus se diferenciaram não só biologicamente mas também “culturalmente”, mantendo sua superioridade sobre os outros povos.

Bradley por fim faz uma importante proposição: “Invocar a imagem do macaco é acessar o poder que levou a desapropriação das populações não-européias e outras heranças do colonialismo”. E interessantemente ao se referir ao contexto australiano, mas que tem uma repercursão também em várias outras partes do mundo, o autor termina seu texto dizendo:

“Claramente, o sistema educacional não faz o suficiente para nos educar sobre a ciência ou a história do homem. Porque se o fizesse, nós veríamos o desaparecimento do uso do macaco como insulto”.A razão pela qual não se deve comparar negros a macacos, é por esta ser uma simples repetição de uma parte perversa da nossa história, e que por ainda ser o Brasil uma sociedade de imensas desigualdades sociais, essa comparação se torna altamente perigosa. Assim, mesmo enquanto piada, a comparação não é inovadora nem mesmo original ou inteligente, pois usa as idéias obsoletas criadas no século 18 como base para o humor. Estas piadas reforçam o racismo já estabelecido na nossa sociedade e só servem a um único objetivo: aumentar a aura de falsa superioridade biológica e cultural do branco, aumentando consequentemente, as desigualdades entre a população.

A comparação do negro ao macaco também evoca a crença escavocrata de que os escravos africanos, por serem equivalentes aos animais, não tinham alma.A equação negro = macaco poderia não ser ofensiva caso esta não tivesse feito parte de uma estratégia engenhosamente construída para legitimar o controle e o domínio sistemático sobre a população africana que durou 4 séculos. Esta equação retirou o caráter humano da população africana e de seus descendentes tranformando-os em seres inferiores. Esta equação não somente justificou o trabalho forçado e não remunerado nas grandes lavouras, mas também dividiu milhões de famílias e transformou milhões de seres humanos em mercadoria que com o respaldo social, legal e científico para a sua inferioridade podiam ser sitematicamente humilhados, torturados, estuprados e assassinados à mercê do humor de seus donos. Comparar negro a macaco é, queira ou não, reviver e venerar um dos mais horríveis e longos episódios da história da humanidade.

Ainda, fica claro que fazer piada sobre um grupo social historicamente fragilizado é fácil, pois quem o fizer receberá o apoio de uma parte da sociedade que tem cravado em seu imaginário coletivo a crença de que os negros gostam de ser humilhados e ofendidos, e que podem ser humilhados e ofendidos por sereminferiores. Todavia, fazer alguém rir sem usar a ofensa, por ser difícil, ainda será uma tarefa a ser realizada somente pelos portadores de real talento humorístico.

Piada, humor e comédia em geral, servem para liberar as mais variadas emoções escondidas no ser humano, geralmente criando um senso de bem estar, mas hoje temos um monstro à solta nos estádios de futebol, nos salões de manicure, por aí, nas ruas. Isso nos leva a crer que parte do humor que ataca gratuitamente a ideologia do “politicamente correto”, o faz tão somente como forma de justificar limitações artísticas.Talvez seja esta uma outra razão pela qual não se deva comparar o negro ao macaco: as pessoas podem acreditar, já que uma população que muito carece de um sistema educacional de qualidade (desde a classe social mais alta até a classe baixa), tende a aprender, acreditar, imitar, tende a se educar através das verdades criadas pelas celebridades do mundo do entretenimento.


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BUDAPEST 1937: A CIDADE DOS SUICÍDIOS QUIS SORRIR


Postado:2014-05-08 15:05:23 UTC-03:00






"Na Escola Sorrisos em Budapeste uma mulher, com um desenho de sorriso amarrado sobre sua boca, se olha em um espelho de mão. Fotógrafo desconhecido; Hungria em 1937". Do catálogo da coleção da revista ilustrada holandesa Het Leven (“Da Vida”) (1906-1941) da Image library the Memory of the Netherlands. (Foto: Reprodução/Retronaut; Image library the Memory of the Netherlands).

Um artigo publicado no jornal australiano Sunday Times em 17 de outubro de 1937, narrava uma nova tendência presente em Budapeste, capital húngara, após a Primeira Guerra Mundial. Por causa dos altos índices de melancolia e de suicídios em ocorrência naquela capital durante o período, dois homens tiveram a ideia de ensinar o povo a sorrir.

O artigo do Sunday Times segue abaixo com mais algumas fotos da revista holandesa Het Leven.

Cidade do Suicídio Torna-se a Cidade do Sorriso


Embora atraia turistas de todas as partes do mundo, Budapeste é chamada pela sua própria população de a Cidade do Suicídio. Budapeste sofreu muito após a Guerra e tem recebido uma publicidade negativa pelo números de casos de auto destruição ocorrendo todo ano. Alguns destes casos estão sendo supostamente inspirados pela canção “Domingo Melancólico”, mas, sendo ou não esta a causa, a taxa de suicídios em Budapeste é definitivamente alta.



"Do lado de fora da Escola Sorrisos em Budapeste, seis pessoas têm uma máscara que força o sorriso em suas bocas. Elas posam junto à fotografia de Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos de março de 1933 a abril de 1945. Fotógrafo desconhecido; Hungria, 1937". Do catálogo da coleção da revista ilustrada holandesa Het Leven (“Da Vida”) (1906-1941) da Image library the Memory of the Netherlands. (Foto: Reprodução/Retronaut; Image library the Memory of the Netherlands).

O método de suicídio favorito adotado pelos melancólicos budapestenses é o afogamento, e barcos de patrulha ficam ancorados próximos às pontes para que possam resgatar os cidadãos que procuram consolo nas águas escuras do Danúbio.




"Na Escola Sorrisos em Budapeste, alunos assistem a um professor apontando para os desenhos de cinco diferentes posições lábio-bucais de sorrisos. Fotógrafo desconhecido; Hungria, 1937". Do catálogo da coleção da revista ilustrada holandesa Het Leven (“Da Vida”) (1906-1941) da Image library the Memory of the Netherlands. (Foto: Reprodução/Retronaut; Image library the Memory of the Netherlands).

Todavia, um “Clube do Sorriso” foi inaugurado para combater a moda do suicídio. Originalmente o clube iniciou mais como uma piada pelo Professor Jeno e por um hipnotizador de nome Binczo. Mas de alguma forma o clube se tornou popular. Seus organizadores agora têm uma escola permanente e garantem que podem ensinar o sorriso Roosevelt, o sorriso Mona Lisa, o sorriso Clark Gable, o sorriso Dick Powel, o sorriso Loretta Young, e vários outros tipos de sorrisos, e os preços variam de acordo com as dificuldades encontradas.



"Na Escola Sorrisos em Budapeste uma mulher olha fotos de mulheres sorrindo que lhes são mostradas. Na parede encontram-se dois desenhos de lábios em posições distintas, e um pôster da famosa pintura de Leonardo da Vinci, “Mona Lisa”. Fotógrafo desconhecido; Hungria, 1937". Do catálogo da coleção da revista ilustrada holandesa Het Leven (“Da Vida”) da Image library the Memory of the Netherlands. (1906-1941); (Foto: Reprodução/Retronaut; Image library the Memory of the Netherlands).

Jeno diz que os métodos empregados em sua escola, acompanhados com a melhoria das condições de negócios em Budapeste, estão fazendo que o sorriso se torne popular e espera-se que em pouco tempo Budapeste passe a ser chamada de Cidade do Sorriso.

Ironicamente, aqueles que fizeram o curso ainda tiveram que enfrentar os horrores da Segunda Guerra Mundial, que já se fomentava naquele momento. O fato é que até hoje a Hungria ainda apresenta um alto índice de suicídio—o país ocupa o décimo lugar em uma lista de taxas de suicídios no mundo organizada pelo portal Business Insider a partir de dados da Organização Mundial de Saúde.




"Na Escola Sorrisos em Budapeste, um professor ensina o sorriso de Mona Lisa. Fotógrafo desconhecido; Hungria, 1937". Do catálogo da coleção da revista ilustrada holandesa Het Leven (“Da Vida”) (1906-1941) da Image library the Memory of the Netherlands. (Foto: Reprodução/Retronaut; Image library the Memory of the Netherlands).

Sorrir, tanto como uma terapia ou mesmo como uma fuga psicológica, para muitos ainda pode ser uma das poucas maneiras de se encontrar refúgio no nosso mundo dominado pela violência. Estanho ainda é o fato de ter que se matricular em uma escola para reaprender a sorrir. Mas se esta medida for realmente necessária, nada como um cardápio de sorrisos que contenha o sorriso de La Gioconda.

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Fonte: Retronaut; Trove; Business Insider; Memory of the Netherlands.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

WILLIAM URY - HOMENS QUE VOCÊ DEVERIA CONHECER

Extraído do Papo de Homem


Ele não tem um cajado, não se veste com roupas diferentes, não professa uma religião, não luta por alguma minoria específica, paga suas contas, como você e eu, fala uma língua que simboliza o que há de melhor e pior do capitalismo e, ainda assim, é um dos maiores pacifistas da atualidade.
O caminho que ele escolheu foi o de ser um mediador de conflitos, negociar entre duas partes oponentes em direção de uma síntese que não mutile nenhuma delas.
William Ury nasceu em 1943 em Chicago, mas foi criado na California. Desde pequeno estudou em escolas que aglomeravam alunos de várias partes do mundo. De alguma maneira, em meio a isso, ele compreendeu a diversidade de culturas existentes. Também conviveu com o fantasma da Guerra Fria rondando seus pensamentos e isso o guiou a estudar na Universidade de Yale para entender melhor a antropologia e a natureza da guerra.

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Estudou sociedades tribais com os Semai na Malásia, os bosquímanos na África do Sul e os guerreiros da Nova Guiné e descobriu que a guerra, assim como a capacidade de cooperação, faz parte da natureza humana. Depois, fez PhD em Harvard onde criou e se tornou diretor doGlobal Negotiation Project. Há 35 anos vem se dedicando a mediar conflitos na África do Sul, na Venezuela, na Colômbia e as Farcs, Chechênia e a ex-Iugoslávia. Tudo isso enquanto nutre seu casamento com uma brasileira e exerce seu papel de pai de três filhos.
Apesar de ter escrito dezenas de livros com títulos que fariam torcer o nariz de quem tem aversão à autoajuda barata, por exemplo, “Como chegar ao sim“ e “O poder do não positivo“, conseguiu transmitir sua mensagem em uma linguagem fácil, acessível e aplicável em contextos pessoais, organizacionais e políticos.
Seu método de mediação de conflitos, desenvolvido em Harvard, se tornou um modelo mundial na área de negociação. Com o ex-presidente Jimmy Carter, Ury também fundou a International Negotiation Network, uma ONG com a finalidade de diluir as guerras civis pelo mundo. Por conta dessa influência, vem percorrendo vários países do mundo para ministrar suas palestras, ao mesmo tempo que é chamado para dialogar com autoridades e empresas.
Cito aqui alguns dos casos mais famosos mediados por ele.

Pão de açúcar versus Carrefour

Quatro dias. Esse foi o tempo que William Ury demorou para resolver um impasse entre Abílio Diniz e Jean Charles Naouri que se arrastava por dois anos e muito dinheiro gasto com advogados e outros negociadores.
Ao cumprimentar Naouri, o barão David de Rothschild, Ury foi perguntado pelo motivo de sua vinda e respondeu: “porque a vida é muito curta” e que, baseado na ideia de liberdade e dignidade, poderiam chegar em um bom termo sobre a saída de Abílio do comando do Pão de Açúcar.
O conflito terminou com a assinatura de um termo contendo 7 itens e todos alegres pelo fim de uma guerra que estava causando desgastes profissionais e familiares para todos os lados.
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Ury afirmou em entrevista à Isto É:
“Uma das minhas principais funções era ajudar as pessoas a se manterem calmas e focadas no resultado. Em uma negociação, o paradoxo é que, se você quer ir rápido, é preciso fazer devagar. Como um amigo cirurgião gosta de dizer quando comanda cirurgias: ‘Devagar, estamos em uma emergência.’”

Hugo Chavez versus oposição

Na década de 90, foi chamado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter para mediar um conflito na Venezuela, pois havia um receio na comunidade internacional de uma guerra entre Chavez e a oposição.

Link Youtube | Pode dar o play aos 23:40 min

Ury fez três tentativas de falar com Hugo, na terceira a reunião foi marcada para as 21:00 hrs. Depois de aguardar por 3 horas, imaginou que conversaria a sós com o presidente venezuelano, mas precisou falar na frente de todo o gabinete à meia-noite.
Ao ser questionado como as coisas estavam indo, Ury disse que tinha conversando com alguns ministros dele e líderes da oposição e que parecia haver algum progresso. Nesse momento, Hugo fica a face a face com William, apenas alguns dedos de distância, e começa a gritar sobre a inocência dessa visão e de como estava enganado. Isso durou cerca de quarenta e cinco minutos.
Nesse momento, Ury se lembrou de uma técnica que um amigo ensinara, beliscar a palma da mão quando estivesse em um momento de grande tensão.
Ponderou que não seria prudente argumentar naquelas condições e só ouviu pacientemente. Ao final, Chavez relaxou os ombros, diminuiu o tom de voz e disse: “Então Ury, o que devo fazer?”.
Agora não era a hora de argumentar racionalmente. Ury notou que o país inteiro estava cansado daquele conflito e que no Natal passado quase não houve celebração. Então, sugeriu que houvesse uma trégua para o Natal. Hugo gostou da ideia e foi amistoso, convidando Ury para passar o natal com ele.
Naquele momento, William entendeu o poder profundo de não reagir.

Oriente Médio: palestinos e israelenses

O trabalho atual de William Ury se concentra em criar um espaço de diálogo entre israelenses e palestinos.
Em 2006, criou o Caminho de Abraão, uma peregrinação que atravessa diversos países em conflito e já foi feita por 4 mil turistas com o desejo de conhecer as terras que abrigam o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.
Segundo Ury, esse seria um ponto comum entre esses dois povos, capaz de unir interesses e chegar a um caminho de concordância, sem guerra.
Hoje, a iniciativa conta com a participação de marchas pelo mundo inteiro e conta com o apoio financeiro de fundações e empresários, religiosos e estudiosos, inclusive do Brasil.
Assista ao vídeo no TED:

Link Youtube

Para Ury existe uma chance de paz entre israelenses e palestinos. E, mesmo para quem já conseguiu chegar em bons resultados em conflitos de grande porte, esse é um dos maiores desafios.
A presença de William Ury impressiona, seus olhos parecem transmitir uma candura rara nos dias de hoje. Sua habilidade de comunicação e de desatar nós é algo no que poderíamos nos inspirar. Afinal, se ele pode dissolver grandes conflitos usando de paciência e ouvindo atentamente, por que não poderíamos tentar com nossos pequenos desentendimentos diários?

terça-feira, 6 de maio de 2014

É TEMPO DE ALTERIDADES RADICALIZADAS

´Paulo Baía*



Obra (autoria não identificada)


É tempo de ouvir e olhar com generosidades os outros e as ruas. É tempo de saber nuançar e descriminar bem os detalhes na multidão. É tempo de desconstruir e refazer nosso escutar e nosso olhar. Se assim o fizermos, teremos oportunidades tênue de compreender; o que as ruas e os outros, estão a nos dizer aos gritos.Teremos chaves de entendimentos, para decifrarmos os silêncios das massas urbanas. Teremos a oportunidade rara de perceber o que seres desejantes desejam. Se assim não o fizermos, nada compreenderemos do que se passa a frente de nossos olhares. Com conceitos antigos, velhos olhares, e antepassadas maneiras de ouvir, nada entenderemos.

Os tempos são de desencaixes e reencaixes acelerados. Muito acelerados. O que é novo agora torna-se antigo em 5(cinco) minutos. Os processos de sociabilidades se multiplicam em escalas para muito além do exponencial. As novas tecnologias associadas a novas formas comunicativas engendram um horizontalizar comunicativo que também é circular. Todos nós somos a um só tempo receptores e produtores de comunicações, informações e desinformações. O fato é que esteja onde estivermos estaremos em uma urbe mundializada.

Hoje não existe mais a chamada cidade do mundo que Manuel Castells indicava no fim do século XX, hoje posso afirmar com convicção formada pelo experimentalismo existencial que o planeta terra é uma grande cidade mundializada, seja para o bem ou para o mal. Não importa. Umberto Eco e Herbert Marshall McLuhan realizaram sua visão prospectiva na década de 1960/1970 do século XX, como realidade contundente e irreversível a partir da década de 1990 do século XX, de que o mundo seria uma aldeia.

Hoje vivemos nessa aldeia global e altamente conectados em tempo real. É o ciberativismo do mundo da vida no tempo presente. É tempo de múltiplas novidades. É tempo de gestações e partos instantâneos de atitudes e comportamentos. As tecnologias, o conhecimento horizontalizado, circular e universalizante das ciências, reinventam o tempo presente real e imaginário em milésimos de segundos a cada instante. É tempo de nos reinventarmos de maneira ampla, flexível e mundializada da mesma forma. O tempo é de alteridades permanentes e recicláveis. Não é tempo de absolutos. Não é tempo de eu sei. É tempo de eu quero saber. Não é tempo de certezas duradoras. É tempo de dúvidas permanentes. O tempo é de reinvenções perenes e continuadas. O tempo nos exige transmutações rápidas e sinceras. O tempo está a exigir de nós: ouvir, ouvir, ouvir, ouvir,......... O tempo está a exigir de nós só saber depois de sentir. É tempo de alteridades e emoções radicalizadas. (**)
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(*) Nota biográfica
Paulo Baía, graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976), mestre em Ciência Política pela Universidade Federal Fluminense (2001) e doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006). Atualmente é professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenador do Núcleo de Sociologia do Poder e Assuntos Estratégicos, pesquisador associado sênior do Laboratório Cidade e Poder da UFF, do Laboratório de Estudos de Gênero do IFCS/UFRJ e do Núcleo de Inclusão Social (NIS) - UFRJ. Tem experiência nas áreas de Sociologia e Ciência Política, com ênfase em sociologia política, atuando principalmente nos seguintes temas: pensamento social brasileiro, estudos estratégicos, teoria política, cultura política, pensamento social, defesa nacional, segurança pública, desigualdades sociais, cidadania, violência, direitos humanos, eleições, estudos urbanos, sistemas de informação/contra-informação/inteligência e boato. (CV Lattes). E-mail: paulorsbaia - e - paulorsbaia-ifcs.
Tese Doutorado
BAÍA, Paulo Rogério dos Santos. A tradição reconfigurada: mandonismo, municipalismo e poder local no município de Nilópolis e no bairro da Rocinha, na região metropolitana do Rio de Janeiro. [Tese de Doutorado]. Rio de Janeiro: UFRRJ, 2006. Disponível no link. (acessado 08.11.2013).


(**) Ensaio ampliado e revisado pelo autor. Originalmente publicado sob o título "É tempo de reinvenções do Eu", em 19.07.2013 no blog "Adornando a Vida/Sonia Salim". O presente ensaio é resultado da palestra do professor Paulo Baía, no Laboratório "Cidade e Poder" do Programa de pós-graduação em 'Historia Social', da Universidade Federal Fluminense - UFF.

# Autorizada a reprodução deste ensaio integral ou parcial, desde que citados os devidos créditos e a fonte.



Postado por Elfi Kürten Fenske às segunda-feira, novembro 04, 2013

INFERNO - DAN BROWN - EXTRAÍDO DO BLOG "PAIXÃO POR LIVROS"

Estava lendo "O Inferno" de Dan Brown e fazendo anotações para uma pesquisa sobre lugares, obras, personagens do livro e ao terminar, comecei, por coincidência especial, encontrei o "Paixão por Livros" com as mesmas, posso dizer literalmente as mesmas anotações que gostaria de lanças neste blog.

Trouxe a "Paixão pelos Livros" e o "Inferno" para o Balaio de Gato Doido de Pedra. Vou acrescentar apenas algumas imagens no final, porque elas já estavam gravadas e não quero perde-las.




Inferno
Dan Brown


"Para alcançar o Paraíso, o homem deve atravessar o Inferno." (pág. 51)


Dan Brown em mais um thriller cheio de ação! Inferno é sua mais recente obra e foi lançada no Brasil pela Editora Arqueiro.

Robert Langdon definitivamente está mais para uma mistura de James Bond com Indiana Jones do que para um simples professor...
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- "Cerca Torva" ("Buscas e Encontrarás")
Nosso claustrofóbico Historiador expert em Simbologia e História da Arte se mete em mais uma aventura cheia de reviravoltas mirabolantes (bem típico de Dan Brown). O pano de fundo desta nova aventura é a obra "A Divina Comédia" de Dante Aligheri.

Mais uma vez somos transportados para a Itália e em Florença iniciamos nossa "peregrinação" e "penitência" junto ao Prof. Langdon...
Como sempre, as aventuras "a là Indiana Jones" de Robert acontecem em pouco mais de 24 horas. São 442 páginas de muita adrenalina. Loucura loucura...

                                      Logo no início do livro somos jogados no "olho do furacão"!

Robert Langdon acorda num hospital e sem as lembranças das últimas 36 horas de sua vida. Sua última recordação era a de estar em Harvard... e agora acordou em um leito hospitalar na Itália! Desta vez Robert está sem seu relógio Mickey (seu amuleto pessoal) e levemente desmemoriado devido à um "ferimento" na cabeça que ele sequer se lembra.
A única coisa que sabe (e sente!) é que está em perigo. Quando ele sofre um novo atentado, só que agora ainda dentro do hospital, Robert conta com a ajuda da enigmática médica Sienna Brooks para fugir.
Carregando consigo um artefato estranho que encontrou em seu próprio paletó, Robert e Sienna correm pelas ruas de Florença em busca de respostas - enquanto um grupo de homens armados os perseguem.
Sem poder contar com a ajuda de seu próprio governo e assombrado por flashes de memória um tanto que surreais, seu instinto só diz uma coisa: "busque e encontre". Mas encontrar "o quê" se ele não se lembra de nada do que aconteceu nos últimos dias?

O artefato que tem em mãos o leva à uma primeira pista: o Mapa do Inferno de Botticelli.Robert então vê nele o ponto de partida para desvendar uma série de códigos que o conduz a uma intrincada trama envolvendo uma das maiores obras-primas de todos os tempos: "A Divina Comédia" de Dante Alighieri (em especial, a primeira parte desse poema épico: "Inferno")

(...) O Inferno de Dante, pensou Langdon. Inspirando obras de artes sinistras desde 1330.

(Robert - pág. 68)


                                                  estátua de Dante Alighieri (Florença)

De um lado da história, temos ainda o capitão do Mendacium, um iate blindado que navega sorrateiramente por águas italianas. Conhecido como "o diretor", não sabemos quais são suas reais intenções. De outro, temos a Dra. Elizabeth Sinskey,diretora da OMS. E ainda Bertrand Zobrist, um bioquímico bilionário, fanático por Dante e defensor ferrenho da "redução do rebanho humano".
Tanta gente no contexto e não sabemos quem é vilão e quem é mocinho! Imagina então o pobre e desmemoriado do Robert!!!



Sem saber em quem confiar e com sua memória atual falhando, Robert corre contra o tempo para salvar sua vida e impedir que a humanidade seja destruída.



Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral. (pág 138)_________________________________________


- SALIGIASALIGIA = Os Sete Pecados Capitais: Superbia, Avaritia, Luxuria, Invidia, Gula, Ira, Acedia

Como nas obras anteriores de Dan Brown, nem todo mundo é o que aparenta ser. Quando achamos que encontramos o vilão, somos levados à outros desdobramentos e voltamos à estaca zero. Culpa de Brown!!!! rsrsrs
Aos poucos vamos decifrando as verdades por trás do universo de cada personagem e a cada capítulo esbarramos em novas descobertas. Somos freneticamente puxamos por Langdon em suas 24 horas de aventuras e mistério. Haja fôlego!


A descrição dos lugares, das edificações, obras de arte e contextos históricos nos deixam com água na boca. É impossível ler uma obra de Dan Brown sem deixar de acrescentar algo cultural à nossa vida. A esposa do autor é historiadora da arte e, com certeza, o ajuda nas pesquisas de seus livros.
Dante Alighieri - escritor, poeta e político italiano, exponencial da era Renascentista - é outra vez tema de um romance. O título do livro (Inferno) refere-se à uma das partes da obra deste autor: A Divina Comédia (que é dividida em: Inferno, Purgatório eParaíso).

Leitura recomendadíssima para quem adora uma aventura cheia de ação, suspense e com boas doses de história da arte!


- O Inferno de Dante criou um mundo de dor e sofrimento nunca antes imaginado pelo homem e definiu nossas visões modernas do Inferno. - Ele fez uma pausa. - Podem acreditar: a Igreja Católica tem muito a agradecer a Dante. Seu Inferno aterrorizou fiéis por séculos a fio e triplicou o número de frequentadores da Igreja.

(Robert - pág. 85)_________________________________________

- Apocalipse Dantesco
Eu nunca havia realmente parado para imaginar como seriam os efeitos colaterais de um crescimento populacional descontrolado. Será que as epidemias e catástrofes naturais não são formas naturais de controle populacional??? #teoriadaconspiração #neura



"Inferno" é um livro instigante que me fez pensar em como essa "progressão geométrica" poderá levar a raça humana à beira da extinção - ou, no mínimo, à extinção de muitos recursos a nós tão necessários.
Após terminar a leitura de Inferno embarquei - meio que sem saber - em outro livro que trata da mesma questão só que de uma forma mais fantasiosa (algo sobre o movimento das placas tectônicas causar tsunamis e epidemias que reduziriam a raça humana drasticamente). Sério, tô com medo!!!

Eis algumas fontes que falam sobre o crescimento populacional. Não é muito difícil imaginar como o planeta sofrerá nas próximas décadas... #meda


http://www.worldometers.info/world-population/


http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,onu-populacao-mundial-e-de-72-bilhoes-de-pessoas,1042156,0.htm


http://www.onu.org.br/populacao-mundial-deve-atingir-96-bilhoes-em-2050-diz-novo-relatorio-da-onu/
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- Maionese Renascentista
Fui novamente transportada para Florença, palco de minha última viagem com... Gabriel Emerson! Pois é, nosso sexy e turrão professor Gabriel O. Emerson (de O Inferno de Gabriel e O Julgamento de Gabriel) tem váááárias coisas em comum com Robert Langdon. Ambos são mestres em História da Arte, renomados e conceituados. Dão palestras mundo a fora, são reconhecidos internacionalmente, ricos e charmosos (cada um do seu próprio jeito). A única diferença é que Robert Langdon está sempre metido em alguma encrenca das brabas! Mas se o quesito fosse "sair na porrada", com certeza Gabriel venceria!!! Robert é muito, digamos, "polite".
E claro, o professor Langdon adora dar uma de Indiana Jones... Enquanto Gabriel só tem olhos para Julianne... hehehe
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- Trilha Sonora:
A Sinfonia de Dante - de Franz Liszt (Parte 1/3 de "Inferno")



Dante´s Prayer - Loreena Mcknnitt
(essa também é da playlist do prof. Gabriel!)



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- Uma Aula com Robert Langdon
Inferno é cheio de referências históricas e artísticas. Como há muita informação, muitas citações, não dá para colocar tudo nesta postagem pois ficaria enorme! Então selecionei os principais lugares e obras. Espero que vocês gostem desta pequena viagem que preparei para vocês ;-)


Lugares:

Florença / Veneza / Istambul
Galleria degli Uffizi
Palazzo Vecchio (Florença)
Campanille / a Abadia / o Bargello
Il Duomo Brunelleschi (Florença)
Accademia delle Belle Arti (Florença)
Viale Niccolò Machiavelli (Florença)
Capela do Palácio Bargello - afresco de Giotto (Florença)
Os Jardins de Boboli (Florença)
Salão dos Quinhentos (Florença)
Gruta de Buontalenti - Bernardo (Florença)
Palazzo Pitti (Florença)
Piazza dela Signoria (Florença)
Lo Studiolo (Florença)
Piazza del Duomo (Florença)
Palazzo dei Canonici (Florença)
Campanário de Giotto (Florença)
Batistério de San Giovanni (Florença)

Escada do Duque de Atenas (Florença)
La Soffitta (Florença)
Via della Ninna (Florença)
Via Dante Alighieri (Florença)
Casa di Dante na Via Santa Margherita (Florença)
Museo casa di Dante (Florença)
Hotel Brunelleschi (Florença)
Igreja de Dante - Santuário Chiesa di Santa Margherita dei Cerchi
Sala dos Mapas Geográficos
Palazzo Invisible
Grande Hotel Baglioni
Palazzo de Ducale - ou Palácio dos Doges (Veneza)
La Chiesa d´Oro - Basílica de São Marcos (Veneza)

A Badia Fiorentina em Florença
Ponte da Libertà em Veneza (Veneza)
estação de trem de Santa Lucia - Ferrovie delo Stato (Veneza)
Cúpula de San Simeone Piccolo (Veneza)
Ponte degli Scalzi (Veneza)
igreja de San Geremia (Veneza)
Casino di Venezia (Veneza)
Ca´pesaro: Galleria Internazionale d´arte Moderna(Veneza)
Ponte do Rialto (Veneza)
Praça São Marcos (Veneza)
Il Ponte dei Sospiri - A Ponte dos Suspiros (Veneza)
Hotel Danieli (Veneza)
Riva degli Schiavoni (Veneza)

Torre do Relógio de São Marcos (Veneza)
Museo Correr (Veneza)Igreja dos Frari

Palácio de Topkapi (Istambul)
Mesquita Azul (Istambul)
Castelo das Sete Torres (Istambul)
O Estreito de Bósforo (Istambul)
Haghia Sophia - Templo de Santa Sofia (Istambul)
Avenida Torun (Istambul)
Parque Sultanahmet (Istambul)
Bazar de Especiarias (Istambul)


Galleria degli Uffizi

Palazzo Vecchio

Il Duomo Brunelleschi

Salão dos Quinhentos

Chiesa di Santa Margherita dei Cerchi

Basílica de São Marcos


Basílica de São Marcos

Palácio dos Doges

Palácio de Topkapi



Obras:
quadro de Max Ernst
O Nasicmento de Vênus - Botticelli
Il David - Michelangelo
estátua Prigiori
La Mappa dell´Inferno / Malebolge - de Botticelli
retrato de Dante - de Andrea Del Castagnot
estátua de Dante na Piazza di Santa Croce
pintura de Dante - de Michelino
Juízo Final - de Michelangelo

Pietà - de Michelangelo
A Batalha de Marcciano - de Giorgio Vasari (cerca trova)
O Isolatto (escultura)
O Chafariz do Garfo - de Stoldo Lorenzi (estátua)
Netuno de Ammannati
Os Trabalhos de Hércules (6 esculturas)
Hercules e Diomédes
Gênio da Vitória - de Michelangelo

A Queda de Ícaro
Uma alegoria da vida Humana
Máscara da Morte de Dante Alighieri
Juízo Final - de Vasari
Portas do Batistério / Portões do Paraíso- de Lorenzo Ghiberti
A Apoteose de Cosmo I
Espiral de Arquimedes
O Rapto das Sabinas
O Esturpo de Polixenna
Perseu segurando a cabeça cortada de Medusa
Mappa Mundi - Palazzo Vecchio
O Beijo - de Gustav Klimt
Estátua de São Teodoro (Veneza)
Leão alado - símbolo de Veneza
Os Cavalos de São Marcos
Triunfo da Morte - de Bruegel (Istambul)
A Porta Imperial (Istambul)
O mosaico de Deesis (Istambul)
Yerebatan Sarayi (Istambul)


A Batalha de Marcciano - de Giorgio Vasari (1565)


La Mappa dell´Inferno - de Botticelli

                     Máscara Mortuária de Dante Alighieri



                     Mappa Mundi - Palazzo Vecchio

Os Cavalos de São Marcos


Os Cavalos de São Marcos

Yerebatan Sarayi (Istambul)



Livros / Filme / Música:
Divina Comédia - de Dante Alighieri (obra)
A Fuga de Logan (livro)
La Vita Nuova - livro de poemas de Dante (para Beatriz)
Um Pequeno Romance (filme)
A Sinfonia de Dante - de Franz Liszt (música)
Dante´s Prayer - Loreena Mcknnitt (música)


História:Os Médici
Giorgio Vasali
Dante Alighieri e Beatriz Portinari
Os "doges" de Veneza

Dante Alighieri e Beatriz Portinari


OutrosO Bastão de Asclépio
Frecciargento - trem italiano de alta velocidade
fábrica de cristais Murano
máscara da peste negra

Frecciargento

Máscara "médica" da peste negra
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- Consulta sobre Dante AlighieriIndico alguns links abaixo:

http://www.stelle.com.br/
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action&co_obra=2203
http://www.coladaweb.com/artes/renascimento
http://www.infoescola.com/artes/renascenca/

Vasari e "cerca trova":
http://danbrowninferno.net/?p=87

Dante Alighieri
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- O Livro:
Inferno
Autor: Dan Brown

Editora: Arqueiro
Assunto: Literatura Estrangeira / Romance
ISBN: 9788580411522
Reduzido: 4886876
1a Edição / 2013
464 Páginas


- Sinopse:

Neste novo e fascinante thriller Dan Brown retoma a mistura magistral de história, arte, códigos e símbolos que o consagrou em O código Da Vinci, Anjos e demônios e O símbolo perdido e faz de Inferno sua aposta mais alta até o momento.

No coração da Itália, Robert Langdon, o professor de Simbologia de Harvard, é arrastado para um mundo angustiante centrado em uma das obras literárias mais duradouras e misteriosas da história: O Inferno, de Dante Alighieri.

Numa corrida contra o tempo, Langdon luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o arrasta para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo o sombrio poema de Dante, Langdon mergulha numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído.
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Dan Brown
- O Autor:
Dan Brown é um dos autores de livros de suspense mais popular da atualidade. Seus livros O símbolo
perdido, O código Da Vinci, Anjos e demônios, Fortaleza digital e Ponto de impacto já venderam 160 milhões de exemplares no mundo.

Dan é casado com a pintora e historiadora da arte Blythe, que colabora nas pesquisas de seus livros. Ele mora na Nova Inglaterra, nos Estados Unidos.
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- Outras Capas:

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