sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

13 FILMES QUE DISCUTEM RACISMO NA EDUCAÇÃO


preciosa
Consciência Negra. Dia em que se relembra a morte de Zumbi dos Palmares, líder de um quilombo, que lutou incessantemente pela libertação de escravos e por uma sociedade digna. Na perspectiva de discutir como ainda hoje o racismo está presente e como a luta do movimento negro permanece necessária na sociedade brasileira, o Centro de Referências escolheu 13 filmes que tratam da temática no ambiente escolar ou na educação de forma geral. São histórias presentes que nos auxiliam a desvendar a origem dos preconceitos e dar mais passos para que o país como um todo possa vencê-los.
Por: Por Jéssica Moreira
1. Escritores da Liberdade, Richard LaGravenese – EUA/ 2007/Comédia Dramática
Uma nova professora chega a escola tentando mostrar aos estudantes que aquilo que trazem de casa os das ruas faz sentido também dentro da sala de aula. Problemáticas como racismo, desigualdade social e exclusão social dão o mote do filme. Baseado em fatos reais, o longa mostra como a professora Erin Grunwell transformou a relação de aprendizagem em uma escola dividida por tribos. Escola marcada pela resistência dos estudantes em lidar com as diferenças, é por meio da professora que a discussão de cor/raça é trazida para as atividades, que incluem escrever sobre a história de vida de cada um.
2. Vista a minha pele, Joel Zito Araújo & Dandara - BRA/2004/ Comédia
O vídeo ficcional-educativo traz em menos de 30 minutos uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil. Invertendo a ordem da história, o vídeo utiliza a ironia para trabalhar o assunto de forma educativa. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.
3. Cultura Negra – Resistência e identidade, Ricardo Malta – BRA/2009 /Documentário
O documentário, produzido pela da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), organizações sociais que combatem a intolerância religiosa e buscam por maior visibilidade da cultura negra. Um dos objetivos do vídeo é contribuir com o debate entorno da Lei nº10639/03, que torna obrigatório a inclusão do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e inclusão, no calendário escolar, do dia 20 de novembro como "Dia da Consciência Negra".
4. Olhos azuis, Jane Elliot- 1968/EUA/Documentário
O documentário mostra como foi o trabalho desenvolvido pela educadora norte-americana Jane Elliot, que realizou atividades de conscientização tanto com crianças quanto com adultos brancos, em 1968. O vídeo mostra o processo de conscientização realizado durante as oficinas, no qual os brancos poderiam sentir a discriminação sofrida por negros.
5. Ao mestre com carinho, James Clavell, 1967/ EUA
Um engenheiro desempregado começa a lecionar em uma escola pública da periferia de Londres, formada por estudantes rebeldes e também racistas. Aos poucos, ganha a confiança, amizade e respeito dos alunos.
6. Mãos talentosas, Thomas Carter-2009/EUA/Drama
O filme conta a história de um menino pobre do Detroit. Desmotivado por tirar baixas notas na escola, era motivo de bullying de forma frequente. Incentivado a estudar pela mãe, que voltou a estudar já adulta, Ben Carson torna-se diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins aos 33 anos, em Baltimore, EUA.
7. Encontrando Forrester, Gus Van Sant – 2000/ EUA
O filme trata sobre a história de Jamal, um adolescente do Bronx que vai estudar em uma escola de elite de Manhattan (EUA). Mas continua sofrendo discriminação e preconceito por conta de sua cor. Com a ida, conhece o talentoso escritor William Forrester , que percebe seu talento para a escrita e o incentiva a prosseguir nessa área.
8. Mentes Perigosas, John N. Smith -1995/EUA/ Drama
A professora Louanne Johnsonganhar dinheiro com artesanato entra em uma escola da periferia norte-americana e é hostilizada pelos alunos. Percebendo que seu método de ensino não está funcionando Louanne passa a se envolver mais com a diversidade cultural de seus estudantes e, assim, percebe melhor as dificuldades que passam.
9. Entre os muros da escola, Laurent Cantet – 2008/ França/ Drama
François Marin atua como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, na periferia de Paris, composta por estudantes de diversos países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Ele e seus colegas docentes tentam buscar diversas ações para ensinar os estudantes, mas ainda assim encontram dificuldades, dada as condições socioeconômicas em volta da unidade escolar.
10. Separados mas iguais, George Stevens Jr – 1991/ EUA/ Drama
Baseado em fatos reais, "Separados, mas iguais" narra a disputa entre pais de alunos negros e juízes do Condado de Claredon, na Carolina do Sul, no início dos anos 50. Na época, as escolas separavam os alunos brancos, que claramente tinham acesso à educação de maior qualidade acesso à verba para manter a estrutura das escolas.Um diretor da escola , tem o pedido de um ônibus escolar negado, com o apoio do pai de um de seus alunos, entra com processo contra o estado, alegando a inconstitucionalidade do país ao promover escolas diferenciadas para negros e brancos.
11. Sarafina – o som da liberdade, Darrell Roodt – 1992/África do Sul/Musical
Com Whoopi Goldberg no papel principal, o filme conta a história de uma professora sul-africana que não aceita ver seus estudantes se sentindo diminuídos. Em um processo educativo permanente, ela ensina seus alunos negros a lutarem por seus direitos e compreenderem a sociedade em que vivem, não esquecendo que podem diariamente transformá-la.
12. Preciosa, Lee Daniels – 2009/EUA/ Drama
O filme conta a trajetória de Claireece "Preciosa" Jones, uma garota negra que sofre diversas dificuldades. Quando criança, é abusada e violentada pelos pais. Cresce pobre e passa por uma série de discriminações por ser analfabeta e acima do peso. Após muita insistência pessoal e com a ajuda de uma educadora que muito acredita na sua possibilidade de mudança, Preciosa dá a volta por cima.
13. Alguém falou de racismo, Daniel Caetano – 2002/Brasil/Drama
O filme mistura trechos documentais e ficcionais para contar a história de um professor que decide provocar seus alunos a pensarem sobre o preconceito racial e a construção da sociedade brasileira que sistematicamente segregou negros e brancos.
Fonte: Educação Integral

10 FILMES PARA REFLETIR SOBRE CONSCIÊNCIA NEGRA


10 filmes para refletir sobre consciência negra

Além dos livros, filmes são uma ótima maneira de saber mais sobre História.Nesta semana da consciência negra, selecionamos 10 filmes que te farão refletir sobre a situação dos negros no Brasil e no mundo.
1.Faça a Coisa Certa
Spike Lee – 1989

ASSISTA O TRAILER DO VÍDEO FAÇA A COISA CERTA AQUI

Sal (Danny Aiello), um ítalo-americano, é dono de uma pizzaria em Bedford-Stuyvesant, Brooklyn. Com predominância de negros e latinos, é uma das áreas mais pobres de Nova York. Ele é um cara boa praça, que comanda a pizzaria juntamente com Vito (Richard Edson) e Pino (John Turturro), seus filhos, além de ser ajudado por Mookie (Spike Lee). Sal decora seu estabelecimento com fotografias de ídolos ítalo-americanos dos esportes e do cinema, o que desagrada sua freguesia. No dia mais quente do ano, Buggin’ Out (Giancarlo Esposito), o ativista local, vai até lá para comer uma fatia de pizza e reclama por não existirem negros na “Parede da Fama”. Este incidente trivial é o ponto de partida para um efeito dominó, que não terminará bem.
2. Conduzindo Miss Daisy
Bruce Beresford – 1989
Atlanta, 1948; Uma rica judia de 72 anos (Jessica Tandy) joga acidentalmente seu Packard novo em folha no jardim premiado do seu vizinho. O filho (Dan Aykroyd) dela tenta convencê-la de que seria o ideal ela ter um motorista, mas ela resiste a esta idéia. Mesmo assim o filho contrata um afro-americano (Morgan Freeman) como motorista. Inicialmente ela recusa ser conduzida por este novo empregado, mas gradativamente ele quebra as barreiras sociais, culturais e raciais que existem entre eles, crescendo entre os dois uma amizade que atravessaria duas décadas.
3. A Outra História Americana
Tony Kaye – 1998
Um dos melhores filmes sobre o tema racial da década de 1990, não poupa o espectador da violência e do ódio ao mostrar os crimes de uma gangue racista de skin heads, formada por integrantes neonazistas, nos Estados Unidos. O filme tem o poder de mostrar como o ódio racial acaba com a vida tanto de agressores quanto de agredidos, e é contundente, principalmente pela mensagem e pela ótima interpretação de Edward Norton.
4. Amistad
Steven Spielberg – 1998
Baseado em um evento real, este filme relata a incrível história de um grupo de escravos africanos que se rebela e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta retornar à sua terra de origem. Quando o navio, La Amistad, é aprisionado, esses escravos são levados para os Estados Unidos, onde são acusados de assassinato e são jogados em uma prisão à espera do seu destino.Uma empolgante batalha se inicia, o que capta o interesse de toda a nação e confronta os alicerces do sistema judiciário norte-americano. Entretanto, para os homens e mulheres sendo julgados, trata-se simplesmente de uma luta pelos diretos básicos de toda a humanidade: a liberdade.
 5. A Negação do Brasil
Joel Zito Araújo – 2001
O documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.
 6. Quanto Vale Ou É Por Quilo?
Sergio Bianchi – 2005
Adaptação livre do diretor Sérgio Bianchi para o conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, Quanto Vale ou É Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um país em permanente crise de valores.
 7. Agosto Negro
Samm Styles – 2007
A curta vida do ativista condenado George Lester Jackson (Gary Dourdan, da série CSI) se torna o estopim para uma revolução, dando início a mais sangrenta rebelião ocorrida em toda a história do presídio de San Quentin. Agosto Negro narra a jornada espiritual e a violenta fé de Jackson, desde sua condenação por roubar 71 dólares de um posto de gasolina até galvanizar a Família Black Guerrilla com seu incendiário livro, criado a partir de cartas, Soledad Brother, ou espalhar ferocidade nos corredores de San Quentin em um dia de agosto, quando seu irmão mais novo, Jonathan, chocou o país ao fazer refém toda uma corte de justiça na Califórnia, em protesto pelo julgamento de Jackson. Para o militante George Jackson, a revolução não era uma escolha, mas uma necessidade.
8. Besouro
João Daniel Tikhomiroff – 2010
Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes.
9. Bróder
Jeferson De – 2011
Capão Redondo, bairro de São Paulo. Macu (Caio Blat), Jaiminho (Jonathan Haagensen) e Pibe (Sílvio Guindane) são amigos desde a infância e seguiram caminhos distintos ao crescer. Jaiminho tornou-se jogador de futebol, alcançando a fama. Pibe vive com Cláudia e tem um filho com ela, precisando trabalhar muito para pagar as contas de casa. Já Macu entrou para o mundo do crime e está envolvido com os preparativos de um sequestro. Uma festa surpresa organizada por dona Sonia (Cássia Kiss), mãe de Macu, faz com que os três amigos se reencontrem. Em meio à alegria pelo reencontro, a sombra do mundo do crime ameaça a amizade do trio.
 10. Histórias Cruzadas
Tate Taylor – 2012
Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo.Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.
Com informações da Biblioteca da Universidade Federal de São Paulo

Fonte: Mundo Negro

10 FILMES SOBRE HOMOSSEXUALIDADE E TRANSEXUALIDADE



Obras de autores brasileiros discutem e ajudam a refletir sobre identidades sexuais e de gênero
Por Julyano Abnner
1 - Eu Não Quero Voltar Sozinho (2010) – Direção: Daniel Ribeiro
A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda totalmente com a chegada de um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo, ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana, e entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.
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2 - Café com Leite (2007) – Direção: Daniel Ribeiro
Quando os planos para o futuro mudam, novos laços entre Danilo, Lucas e Marcos são criados. Entre video-games e copos de leite, dor e decepção, eles precisam aprender a viver juntos.
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3 - Rainhas (2010) – Direção: Fernanda Tornaghi, Ricardo Bruno
“Rainhas” mostra os bastidores do concurso Miss Brasil Gay com foco no personagem Fábio, que viaja de Rondônia ao Rio de Janeiro para participar do concurso de beleza nacional.
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4 - Cazuza – O Tempo Não Pára (2004) – Direção: Sandra Werneck, Walter Carvalho
A vida louca que marcou o percurso profissional e pessoal de Cazuza (Daniel de Oliveira), do início da carreira, em 1981, até a morte em 1990, aos 32 anos: o sucesso com o Barão Vermelho, a carreira solo, as músicas que falavam dos anseios de uma geração, o comportamento transgressor e a coragem de continuar a carreira, criando e se apresentando, mesmo debilitado pela Aids.
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5 - Madame Satã (2002) –  Direção: Karim Aïnouz
No bairro da Lapa vive encarcerado na prisão João Francisco (Lázaro Ramos), artista transformista que sonha em se tornar um grande astro dos palcos. Após deixar o cárcere, João passa a viver com Laurita (Marcélia Cartaxo), prostituta e sua “esposa”; Firmina, a filha de Laurita; Tabu (Flávio Bauraqui), seu cúmplice; Renatinho (Felippe Marques), sem amante e também traidor; e ainda Amador (Emiliano Queiroz), dono do bar Danúbio Azul. É neste ambiente que João Francisco irá se transformar no mito Madame Satã, nome retirado do filme (1932), dirigido por Cecil B. deMille, que João Francisco viu e adorou.
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6 - Dzi Croquettes (2010) –  Direção: Raphael Alvarez, Tatiana Issa
Conheça a trajetória do irreverente grupo carioca Dzi Croquetes, que marcou o cenário artístico brasileiro nos anos 70.
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7 - Do Começo ao Fim (2009) –  Direção: Aluisio Abranches
Do Começo ao Fim é uma história de amor. A história de Francisco e Thomás e de sua família: Julieta, Alexandre e Pedro. Com uma narrativa particular o filme pretende contar a história de um amor incondicional como uma possibilidade, como um contraponto para um mundo cheio de violência, medo e intolerância.
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8 - As Melhores Coisas do Mundo (2010) –  Direção: Laís Bodanzky
Mano tem 15 anos, adora tocar guitarra, beijar na boca, rir com os amigos, andar de bike, curtir na balada. Um acontecimento na família faz com que ele perceba que virar adulto nem sempre é tarefa fácil: a popularidade na escola, a primeira transa, o relacionamento em casa, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor. Em meio a tantos desafios, Mano descobre e inventa As Melhores Coisas do Mundo.
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9 - Como Esquecer (2010) – Direção: Malu de Martino
Júlia (Ana Paula Arosio) é uma professora universitária de 36 anos que perde o grande amor da sua vida depois de mais de dez anos de relacionamento. Acostumada a viver numa espécie de “torre de marfim”, Júlia se vê obrigada a voltar a interagir com as pessoas, o que havia deixado de praticar por ter um temperamento autocentrado e por ter acreditado, nos anos de relacionamento, que sua vida se resumia ao casamento com a parceira, Antonia.Sem o suporte financeiro do ex-amor, Júlia recebe apoio do melhor amigo, Hugo. Juntos, eles partem para uma nova empreitada, o aluguel de uma casa em Pedra de Guaratiba, praia mais afastada do centro do Rio.A renda de Júlia e Hugo não é suficiente para cobrir os custos da casa. Hugo, então, convida a amiga Lisa. Sem opção, Júlia tem de aceitar a solução do amigo.Júlia, Hugo e Lisa passam a morar juntos. Com o passar do tempo, os três compõem uma espécie de nova família composta por três personalidades singulares. A chegada de Helena, prima de Lisa, que mora no exterior, traz Júlia de volta ao campo dos sentimentos, dos afetos.
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10 - Amores Possíveis (2001) – Direção: Sandra Werneck
O ponto de partida é um desencontro. Carlos e Júlia marcam de ir ao cinema, mas ela não aparece. Desse desencontro são criadas três histórias diferentes sobre os possíveis acontecimentos posteriores.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PT VAI APRIMORAR A SUA POLÍCIA POLÍTICA NA INTERNET

Reinaldo Azevêdo


No dia 30 de abril de 2012, escrevi aqui um post sobre um troço chamado “MAV” — Mobilização de Ambientes Virtuais. Trata-se de um grupo criado pelo PT para vigiar a Internet e patrulhar as redes sociais. Uma personalidade mais ou menos conhecida faz alguma afirmação no Twitter de que os petistas discordam? Eles partem pra cima. O mesmo se dá no Facebook. Palavras de ordem e boçalidades contra a oposição e o jornalismo independente são replicadas em penca em centenas de sites, blogs etc. Trata-se, obviamente, de uma forma de fraudar as redes sociais.
Pois bem. Leiam o que informa Bruno Benevides na Folha (em vermelho). Voto em seguida:
O PT pretende fazer encontros com internautas de movimentos sociais para articular uma atuação na internet. “Existe uma presença conservadora nas redes, de pessoas que defendem a volta da ditadura, o [deputado federal Jair] Bolsonaro”, disse o secretário nacional de Comunicação do partido, o vereador José Américo (SP). Segundo ele, a ideia é organizar uma resposta progressista a essas ideias.
“Vamos fazer algo mais amplo, que reúna movimentos sociais, não só militantes do PT”, disse Américo, após reunião na sede do partido em São Paulo. O encontro discutiu exatamente a estratégia de comunicação do PT.
(…)
Retomo
Ou por outra: o PT vai azeitar a sua Polícia Política informal, criada para patrulhar a rede. Já escrevi bastante a respeito e reitero alguns pontos de vista.
Na Internet, no jornalismo impresso e também na TV, ex-jornalistas tiveram a pena alugada pelo petismo para agredir lideranças da oposição e, ainda com mais energia, a imprensa. Tentam desacreditá-la para dar, então, relevo às verdades do partido. Alguém poderia dizer: “Até aí, Reinaldo, tudo bem! Eles estão fazendo a guerra de opinião”. Não está tudo bem, não! Esse trabalho é financiado com dinheiro público — sejam verbas do governo federal e de governos estaduais ou municipais do partido, sejam verbas de estatais. Vale dizer: é o dinheiro público que financia uma campanha suja que é de interesse de uma legenda.
Essas publicações — blogs, sites e revistas sustentados com dinheiro dos cidadãos — formam uma espécie de central de produção de difamações que a tal “MAV” vai espalhar pela rede. O núcleo mais forte está em São Paulo, mas o próprio partido anuncia que está criando outros país afora. Assim, meus caros, já não se pense mais no PT como o partido que aparelha apenas sindicatos, movimentos sociais, ONGs, autarquias, estatais, fundos de pensão e, obviamente, o estado brasileiro. Não! Os petistas decidiram aparelhar também a Internet.
Este blog
Entenderam por que é quase impossível fazer um debate honesto, entre indivíduos, em áreas de comentários de páginas abertas ao público? Vocês serão sempre espionados, monitorados e, como se diz por aí, “trolados” por um grupo organizado. Que fique claro: não são indivíduos petistas debatendo. Trata-se de uma tropa de assalto à livre expressão. Não raro, são de um agressividade asquerosa. É por isso que expulso deste blog os chamados “petralhas”. Faço-o em benefício da verdade do debate — é uma mentira cretina essa história de que todos os meus leitores pensam a mesma coisa. Ora, eu não quero aqui patrulheiros da opinião alheia. Pior ainda: falando em nome da “verdade oficial”.
Qual é, no que diz respeito à informação, a natureza da Internet? É, ou deveria ser, o território dos indivíduos, que têm, finalmente, a chance de se expressar com seu pensamento, suas sentenças, seus conhecimentos e até seus preconceitos — afinal, no confronto e no convívio com outros, têm a chance de aprender e de mudar de opinião. E, por certo, políticos e partidos podem e devem criar suas páginas. Não há mal nenhum nisso. Desde que fique claro de quem é aquela voz.
O MAV subverte e corrompe a essência da liberdade na rede. A tropa que esse núcleo mobiliza nunca deixa claro que está cumprindo uma tarefa. O debate se dá de maneira desigual: de um lado, um indivíduo com suas opiniões, suas angústias, suas dúvidas; de outro o oficialismo organizado para impedir a livre circulação de ideias, tentando confiná-las nos escaninhos da verdade partidária.
Por Reinaldo Azevedo

RACISMO E DEMOCRACIA AMPUTADA

 Por: Dennis de Oliveira

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No Fórum Social Mundial Temático realizado na semana passada em Porto Alegre, a ativista sul-africana Wilhelmina Trout, representante da Marcha Mundial de Mulheres na África do Sul, deu um impressionante depoimento sobre a sua vida e trajetória de militância no seu país. Quando votou pela primeira vez, já era avó. A luta pelos direitos civis foi uma árdua batalha, liderada por Nelson Mandela. Após vinte anos de fim do apartheid, a avaliação que ela faz não é das mais promissoras. A desigualdade econômica entre brancos e negros permanece e, em algumas situações, até se acentua; há um desânimo latente entre vários jovens negros e até já há vários deles que passaram a ser eleitores dos partidos brancos.

A conquista dos direitos civis é um patrimônio coletivo, foi a custa de muito suor e sangue que se chegou a este patamar. Porém, não é suficiente para se pensar em uma verdadeira democracia (aliás, o nome do painel era "Contra o capital, a democracia real"). Segundo Trout, houve um equívoco durante o processo de transição e negociação do fim do apartheid: "nós focamos exclusivamente no direito a voto, no direito civil, e esquecemos dos direitos econômicos; e era uma oportunidade importante para se exigir isto diante da pressão internacional que conseguimos contra o regime de segregação racial".

Sempre lembro do escritor José Saramago que, em uma palestra no Fórum Social Mundial de 2008, disse que a democracia que vivemos é "sequestrada, condicionada e amputada". Por quem? Pelos poderes de "facto" – o poder do grande capital globalizado expresso pelas corporações transnacionais, pelo sistema financeiro, pela indústria midiática e do entretenimento e pelo poder bélico.

O capitalismo global se organiza por redes produtivas globais e precisa, para isto, de centros tecnológicos de ponta; de uma ambiência política esvaziada para favorecer a desregulação (daí a crescente despolitização da esfera pública e a transfiguração do cidadão em consumidor) e de grandes áreas para funcionar como "lixeiras" onde se encontram relações predatórias de trabalho, de degradação ambiental e de descarte dos detritos do consumo descartável.

O que está acontecendo na atual conjuntura é que os lugares de ponta do capitalismo global estão experimentando o esvaziamento da ambiência política, a tendência a direitização dos governos com forma de manter "controlados" os lugares da exploração predatória, nos quais crescem os questionamentos ante ao atual modelo de produção.

Este processo não acontece apenas entre países, mas também dentro de nações em que há disparidades deste tipo. No caso do Brasil, as reivindicações dos segmentos sociais subalternizados, por mais simples que sejam, como jovens negros querendo passear nos shoppings, recebem respostas brutalmente violentas daqueles que tem medo da sua condição social deixar de ser privilégio - note que não se trata de perda da condição sócio-econômica, mas sim desta deixar de ser algo de "distinção" social.

É por isto que o racismo como mecanismo ideológico estruturante destas relações aparece de forma cada vez mais explícita e violenta. As tímidas políticas de inclusão social tocadas pelo atual governo já são motivo de violenta reação não só das elites mas também de parte de uma classe média que tem o seu ethos marcado pela perspectiva aristocrática de expressar publicamente a sua distinção, o que a faz ter verdadeira ojeriza a políticas públicas como prioridade ao transporte coletivo, a moradia popular, educação pública de qualidade, ações afirmativas para negros, entre outros.

Assim, falar em democracia transcende os aspectos formais dos direitos civis (embora estes sejam importantes). E também é necessário que se tenha em consideração que o poder de fato está divorciado da esfera pública política.

JOAQUIM BARBOSA SOBRE O RACISMO: DIPLOMACIA BRASILEIRA "É MUITO DISCRIMINATÓRIA"

Oi Ministro, o senhor está sendo muito bonzinho. A sociedade brasileira é toda, muito discriminatória e o senhor sabe disso muito bem por tudo que já disseram e praticaram contra o senhor.


Joaquim Barbosa sobre o racismo: diplomacia brasileira “é muito discriminatória”
Lúcia Müzell

Em 1993, quando deixou Paris com um título de doutor recém-conquistado na Universidade Panthéon-Assas, Joaquim Benedito Barbosa Gomes não imaginaria que, quase 20 anos depois, seria o primeiro negro a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal. A nomeação, entretanto, é uma exceção em um país onde o racismo se esconde atrás de piadas e os negros permanecem longe de ter acesso às mesmas oportunidades que os brancos, apesar de comporem a maioria da população. Em entrevista exclusiva à RFI, Barbosa afirma que um dos piores exemplos é a face brasileira no exterior: a diplomacia, segundo ele, ainda “é muito discriminatória”.

Durante sua curta passagem por Paris, na semana passada, o presidente do STF foi recebido como convidado de honra no Conselho Constitucional francês, uma das instituições de maior prestígio do país. Poucos minutos antes de embarcar em um trem rumo a Londres, onde cumpre a segunda etapa de compromissos oficiais na Europa, ele conversou com a RFI.

Na semana passada, enquanto os jornalistas brasileiros aguardavam o senhor em um café na praça da Sorbonne, um garçom francês, negro, reconheceu o seu nome e sabia quem o senhor era. O senhor já é reconhecido no exterior? 

Eu sempre tive o hábito de parar na praça da Sorbonne, não somente para tomar um café mas para estudar. Eu gostava de ficar ali. Mas em relação a um garçom ter me reconhecido, isso representa o fato de que os negros se reconhecem em qualquer lugar do mundo. Eles se reconhecem uns nos outros.

A sua carreira é de exceção no Brasil: um negro de origem humilde que chega à presidência do STF. Hoje, foram implantadas as cotas, por exemplo, entre outras ações para integrar melhor os negros na sociedade, inclusive em altos cargos. O senhor acha que a situação melhorou? 

As coisas melhoraram um pouco nestes últimos 20 anos. Mas eu acho que nós ainda precisamos de bastante cotas em diversas áreas, porque 50 ou 51% da população é formada por negros. Entretanto, eles ainda se encontram em situações de inferioridade, sofrem discriminação, conseguem empregos ruins. No Brasil, nós não vemos os negros em cargos de direção nas empresas, ao contrário de outros países. A nossa diplomacia é formada em 99% por brancos e é muito discriminatória. Ou seja, ainda temos muito a fazer. Muito mesmo.

Na Europa, essa pouca representação dos negros nos altos cargos no Brasil, um país tão miscigenado, causa estranheza. O senhor acha que o Brasil é um país racista?

É um país onde o racismo é latente. Não é explícito: é latente. Ele é disfarçado, e se mostra nas situações nas quais os negros são excluídos. Quando alguém é surpreendido em um ato racista, ele muda de discurso, faz como se não fosse nada, diz que era uma brincadeira, reafirma que o país é uma mistura de raças, lembra que tem uma tia negra. Porém, em tudo aquilo que conta de verdade, na economia, nas posições de comando, os negros são excluídos.

Recentemente, a ministra francesa da Justiça, Christiane Taubira, foi alvo de vários ataques racistas. O senhor se encontrou com ela na semana passada. Vocês conversaram sobre este assunto? 

Sim, nós falamos. Eu acho isso vergonhoso para a França. Uma mulher com muitas qualidades, como a ministra da Justiça Taubira, ser alvo de atos de machismo e de racismo. Nós estudamos na mesma faculdade de Direito em Paris, Panthéon-Assas, embora não tenhamos nos conhecido na época. Ela estudava em Assas e eu fazia o doutorado em Panthéon. E nós conversamos sobre incidentes racistas que nós dois tivemos na época. Houve brigas envolvendo a extrema-direita no campus, coisas assim. Eu acho tudo isso assustador. Porém, na França pelo menos existe o debate, enquanto, no Brasil, tudo fica escondido. Tudo fica como se fosse uma brincadeira. As medidas necessárias [contra o racismo] não são tomadas. O assunto é tratado com superficialidade. O assunto não é levado a sério, e este é o problema
.
Durante as manifestações do ano passado, o senhor era visto como um ídolo. O seu nome era evocado para a presidência da República. Nos últimos meses, entretanto, o senhor virou alvo da imprensa, como por exemplo sobre o pagamento de diárias durante a sua viagem à Europa. Como o senhor sentiu essa mudança?

Isso não me incomoda. Isso faz parte do caráter um pouco provinciano do debate público no Brasil. Eu gostaria de debater as coisas sérias. É isso que me interessa. Mas tem uma certa imprensa sem escrúpulos no Brasil, pessoas pagas por fundos governamentais e que só querem saber de me atacar, mas eu só faço o meu trabalho. Faço o meu trabalho e não estou nem aí para essas pessoas.

Questionar a sua honestidade o incomoda?

São os brasileiros que devem dizer se sou honesto, e não estes maus-caracteres. 

AS 15 MELHORES MÚSICAS DE TODOS OS TEMPOS

Carlos Willian Leite


Entre os meses de março e outubro pedimos aos leitores, colaboradores, seguidores do Twitter e Facebook que apontassem quais são as 15 melhores músicas brasileiras de todos os tempos.
Cento e noventa e quatro músicas foram citadas. Destas, 33 obtiveram mais de 30 votos. São elas: “Águas de Março” e “Como Nossos Pais”, Tom Jobim/Elis Regina; “Alegria, Alegria”, “Felicidade” e “Sampa”, Caetano Veloso;  “Aquarela do Brasil”, Francisco Alves; “Asa Branca”, Luiz Gonzaga; “Carinhoso”, Marisa Monte e Paulinho da Viola; “Chega de Saudade” e “Desafinado”, João Gilberto; “Como Uma Onda”, Lulu Santos; “Construção” e “Apesar de Você”, Chico Buarque; “Detalhes”, Roberto Carlos; “Eu Sei Que Vou Te Amar”, Vinícius de Moraes; “Garota de Ipanema”, Pery Ribeiro; “Ideologia”, Cazuza; “Insensatez”, Tom Jobim; “Inútil”, Ultraje a Rigor; “Me Chama”, Lobão; “O Mundo é um Moinho”, Cartola; “Ouro de Tolo” e  “Metamorfose Ambulante”, Raul Seixas; “Panis et Circenses”, Os Mutantes; “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, Geraldo Vandré; Primavera, Tim Maia; “Rosa de Hiroshima”, Secos & Molhados; “Sá Marina”, Wilson Simonal; “Travessia”,  Milton Nascimento; “Trem das Onze”, Demônios da Garoa; “Vapor Barato”, Gal Costa.
Vale ressaltar que as músicas estão listadas pelos nomes dos intérpretes e não dos compositores.
A partir da primeira seleção, foi elaborada uma nova lista com as 15 canções que obtiveram mais citações. Com o objetivo de dar maior amplitude à pesquisa foi adotado como critério a inclusão de apenas uma música por intérprete, já que alguns nomes, baseados na enquete, emplacariam mais de uma canção entre as 15 selecionadas.
Discutível como qualquer lista de melhores, esta também não pretende ser abrangente e reflete apenas a opinião dos participantes da enquete.

1 — Eu Sei Que Vou te Amar —  Maria Creuza e Vinícius de Moraes

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2 — Águas de Março — Elis Regina e Tom Jobim

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3 — Chega de Saudade — João Gilberto

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4 — Metamorfose Ambulante — Raul Seixas

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5 — Felicidade — Caetano Veloso

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6 — Rosa de Hiroshima — Secos & Molhados

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7 — Garota de Ipanema — Pery Ribeiro

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8 — Panis et Circenses — Os Mutantes

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9 — Construção — Chico Buarque

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10 — O Mundo é um Moinho — Cartola

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11 — Primavera — Tim Maia

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12 — Vapor Barato — Gal Costa

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13 — Carinhoso — Marisa Monte e Paulinho da Viola

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14 — Asa Branca — Luiz Gonzaga

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15 — Ideologia — Cazuza

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